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Agricultores da Serra do Mel agradecem pelo Pronaf

Pequenos agricultores do polo produtor de caju no Rio Grande do Norte contam como linhas de crédito melhoraram as oportunidades de trabalho


Agricultores da Serra do Mel agradecem pelo Pronaf

Raimundo Feitosa hoje produz 10 toneladas de castanha de caju graças ao Pronaf. Pedro Sibahi/Agência PT

O município de Serra do Mel, próximo a Mossoró, no Rio Grande do norte, é um polo produtor de caju e, em menor escala, outros vegetais, o que mostra como programas de crédito mudam a vida do pequeno agricultor familiar.

Francisco Carlos Saraiva, morador da cidade, hoje vive do beneficiamento da castanha de caju em uma pequena fábrica caseira montada a partir de verbas conseguidas pelo Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).

“Consegui crédito pelo banco do Brasil, a linha do Pronaf, e consegui fazer o investimento que foi para o meu lote e também para ajudar na aprimoração do corte [da castanha do caju]”, conta Saraiva.

“Eu precisava de maquinário, comprei o maquinário, fiz um prédio, tudo referente a esse financiamento”, acrescenta. “A indústria começou depois do programa de Lula, eu tive acesso no de Dilma, mas foi trabalho dele”.

Hoje, cerca de 150 famílias trabalham com o beneficiamento artesanal da castanha de caju, que consiste em um processo de retirada da casca, limpeza, torra e embalagem.

“Acho que, para mim e várias pessoas, foi o presidente que ajudou a nação pobre, foi o governo Lula. Esses outros que estavam aí tinham os programas, mas não botavam em prática. Foi através do Lula que veio essa renda para a família mais pobre” diz Saraiva.


Francisco Carlos Saraiva vive do beneficiamento da castanha de caju. Foto: Pedro Sibahi/Agência PT

Criado em 1996, o Pronaf é um programa de crédito voltada para o pequeno agricultor que foi expandido e fortalecido com o governo Lula, chegando a 12 linhas de crédito, como o Pronaf Semiárido e o Pronaf Mais Alimentos.

O agricultor Francisco Medeiros vive há cinco anos na Serra do Mel, plantando caju e melancia, e conta que conseguiu comprar um trator graças à linha de crédito do Mais Alimentos.

“Melhora muito quando você tem um lotezinho e consegue um trator. Hoje o preço da hora de trator está muito alto e tendo o trator em casa facilita muito ter um lote bem cuidado. Tendo o lote bem cuidado a safra dá certo, mesmo quando a chuva é pouca”.

“A gente teve essa oportunidade de comprar o trator, que até então a gente não tinha. De lá para cá vem dando certo, tirando de dentro do lote”, afirma Medeiros.

“Se fosse hoje, a prestação de um trator desses está em R$ 14 mil. Se não tivesse tido aquele pequeno empurrãozinho do Lula, a gente não tinha como comprar”.


Francisco Medeiros comprou um trator graças ao Pronaf. Kamilla Ferreira/Agência PT

Outro agricultor beneficiado pelo Pronaf foi Raimundo Feitosa, que hoje produz cerca de uma toneladas de caju por safra, plantando em uma propriedade com selo orgânico que requer preservação de 20% da área.

Com os empréstimos do Pronaf e apoio dos técnicos da Emater (Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural), Feitosa melhorou suas plantas e consegue produzir mesmo no período de seca.

“Eu fiz recuperação de cajueiro com o investimento que consegui no Banco do Nordeste, através de Lula. Investi em recuperação, que é fazer enxertia de cajueiro para aumentar a produção”, relata.

“A gente teve acompanhamento pelos técnicos da Emater, eu aprendi muito e hoje estou investindo essa experiência na minha área de terra e a produção subiu muito”.

Feitosa ainda conta que o crédito rural ainda serviu para outros benefícios em suas terras. “Tudo tem relação ao Pronaf, pois através do Pronaf a gente fez armazém, fez cisterna, fez unidade de corte de castanha, tudo através do Pronaf, com ajuda de Lula”.

Segundo o agricultor, “o único governo que ajudou a pobreza e principalmente os produtores, foi Lula”.

Lula pelo Brasil

A viagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva aos estados do Nordeste, entre agosto e setembro, é a primeira etapa de um projeto que deve alcançar todas as regiões do país nos meses seguintes.

Por Pedro Sibahi, enviado especial ao Nordeste com a caravana Lula pelo Brasil, para a Agência PT de Notícias

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