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Desemprego sobe após reforma trabalhista de Temer


Desemprego sobe após reforma trabalhista de Temer

Mutirão promovido pela UGT escancara o drama do desemprego no Brasil. Foto: Vanessa Nicolav/Brasil de Fato

Bolsonaro prometeu criar 10 milhões de postos de trabalho, mas nada fez e número de brasileiros desempregados chegou a 13,1 milhões

Da Redação da Agência PT com informações de G1Estadão e Época

Em todo país, mais de 13 milhões de pessoas sofrem com o desemprego, um acréscimo de 892 mil brasileiros nos primeiros meses do governo deJair Bolsonaro (PSL) . Ele, que muito bradou no período eleitoral que criaria 10 milhões de vagas, não conseguiu, mais uma vez, manter sua promessa.Muito pelo contrário, mostrou ser incapaz de criar políticas públicas e buscar soluções reais para um problema de assola milhões de famílias.

No trimestre encerrado em fevereiro, a taxa dedesemprego atingiu o patamar de 12,4%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Até janeiro, o percentual era de 12% com 12,7 milhões de brasileiros fora do mercado de trabalho.

O aumento do desemprego no país é tão dramático que, nesta terça-feira (26), um mutirão de emprego ofereceu seis mil vagas e milhares de pessoas saíram de casa, ainda nas primeiras horas da manhã, lotando o centro de São Paulo em busca de uma oportunidade. Estima-se que, ao longo do dia, pelo menos 15 mil pessoas tenham se aglomerado no Vale do Anhangabaú na tentativa de conseguir uma vaga.

Reprodução

Mutirão por emprego leva multidão para o Vale do Anhangabaú, em São Paulo

Promessa de Bolsonaro era criar 10 milhões de empregos

No período eleitoral, Jair, que nada fez para combater o desemprego, prometeu criar 10 milhões de postos de trabalho, sendo seis milhões na primeira metade de governo e quatro milhões nos dois últimos anos. O plano, segundo afirmaram seus economistas na época, era incentivar medidas sem impacto fiscal em setores como a construção civil. No entanto, sem ações efetivas, o setor já demitiu 155 mil trabalhadores neste trimestre.

Essa é mais uma demonstração da inabilidade de Bolsonaro que insiste em “presidir” o país pelas redes sociais. Mesmo que tivesse deslanchado, seu “projeto fênix”, como intitulou durante a campanha, não ofereceria ganhos reais para os trabalhadores. Sua ideia de geração de emprego não tem nenhum compromisso com os direitos garantidos pela Constituição. Um exemplo disso era a proposta da carteira de trabalho verde e amarela em que o contrato individual deveria prevalecer sobre a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), enfraquecendo os vínculos e deixando os empregados sem nenhuma  seguridade.

Com o PT era muito melhor

Já os governos de Lula e Dilma criaram 16,3 milhões de empregos formais em todo país. Além das políticas de distribuição de renda e aumento do salário mínimo que possibilitaram um estado de pleno emprego, com as menores taxas de desocupação já registradas.

Para retomar esse patamar de desenvolvimento, o Partido dos Trabalhadores propôs um plano emergencial e outro estrutural nas eleições de 2018, com Fernando Haddad. O primeiro eixo foi chamado “Meu Emprego de Novo” e consistia em reduzir juros, difundir crédito e garantir recursos para programas de transferência de renda. Assim como retomar 2,8 mil obras paradas e, junto com estados e municípios, trabalhar programas de infraestrutura. Enquanto isso, o eixo estrutural focava, dentre outras coisas, no investimento em pesquisa, ciência e tecnologia, para o desenvolvimento da economia brasileira a longa prazo.

Desalento e subutilização da força de trabalho também crescem

Os números do IBGE mostram ainda que, além do número total de desempregados, outros indicadores são alarmantes. O número de pessoas desalentadas, ou seja, que desistiram de procurar emprego é recorde na série histórica. Houve uma alta de 275 mil desalentados em relação ao mesmo período do ano passado e, hoje, quase 5 milhões de brasileiros se encontram nessa situação.

Outro triste recorde é a taxa de subutilização da força de trabalho, que, hoje, atinge 27,9 milhões de brasileiros, o maior número da série histórica iniciada em 2012. O indicador compreende aqueles trabalhadores que poderiam estar trabalhando por mais horas e, com relação ao trimestre anterior houve um aumento de 901 mil pessoas subutilizadas.


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