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Diante de avanço conservador, Evo defende integração política e territorial na América do Sul


Diante de avanço conservador, Evo defende integração política e territorial na América do Sul

O presidente boliviano Evo Morales em Cochabamba (foto de arquivo).

Entrevista com Pedro Rioseco 
Para a agência Prensa Latina 

Diante do avanço da direita em diversos países latino-americanos que antes se desenvolviam sob governos progressistas, o presidente boliviano, Evo Morales, considera necessário investir na integração política e territorial e critica a divisão, na América do Sul, dos países em torno da Aliança do Pacífico — proposta de livre comércio com recorte neoliberal, integrada por Peru, Chile, Colômbia e México.

Em entrevista exclusiva concedida à agência cubana Prensa Latina no início desta semana, o mandatário disse estar convencido de que “a qualquer momento os movimentos sociais recuperarão os processos de revolução democrática na América do Sul e na América Latina”.

Questionado a respeito do futuro da integração regional e da suposta intenção dos Estados Unidos de boicotar a unidade latino-americana, Evo disse apostar em uma integração política para a região: “os Estados Unidos tentam dividir a Unasul [União das Nações Sul-Americanas] usando a Aliança do Pacífico para voltar às políticas do Consenso de Washington e [restaurar a] Alca [Área de Livre Comércio das Américas]”, proposta sepultada em 2005 em Mar del Plata, quando os ex-presidentes de Venezuela, Argentina e Brasil — Hugo Chávez, Néstor Kirchner e Luiz Inácio Lula da Silva, respectivamente — disseram não à iniciativa.

Ainda sobre a questão, disse não entender como “alguns presidentes na América do Sul mantêm essa mesma política de dividir a Unasul”. E lamentou que nem todos os movimentos sociais da região “estejam organizados para garantir esse processo de integração pela liberação dos nossos povos frente às políticas de dominação”.

“Os Estados Unidos tentam usar alguns presidentes para nos enfraquecer. É um debate interno como os Estados Unidos estão usando alguns países pró-imperialistas e pró-capitalistas da região com a pretensão de que deixemos de usar a Celac [Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos]”, afirmou o líder indígena.

Evo também defendeu, durante a conversa, a integração territorial com a construção de estradas e a criação de vias aéreas: “às vezes é mais rápido chegar da Bolívia na Europa do que na Colômbia. (…) Há um grande projeto para a América do Sul que é um corredor ferroviário do Oceano Atlântico para o Pacífico, com o qual as exportações e importações de nossos países vão ganhar tempo e reduzir gastos”, concluiu o presidente.

Clique aqui para ler a entevista completa em espanhol .

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