O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva visitou nesta terça-feira (29) as famílias das ocupações da Izidora, na região Norte de Belo Horizonte. No local, afirmam os moradores, vivem 8.000 famílias, totalizando uma população de 30 mil pessoas, abrigadas em mais de 3.000 casas de alvenaria.

Lula participou de uma reunião com residentes e representantes de movimentos sociais. Depois, assistiu a um vídeo de um dos protestos dos moradores, que mostra a Polícia Militar reprimindo os moradores, inclusive com bombas de gás lacrimogêneo. Por causa da substância, uma criança passa mal.

O ex-presidente condenou a forma como se portaram os policiais, e defendeu os direitos dos que estão morando ali. “Vocês estão exercendo seu direito. Agora, os governos têm que fazer as partes deles, e trazer estrutura para vocês morarem com dignidade”, disse Lula. “Muita gente acha que as pessoas vão ocupar porque gostam de dormir debaixo de lona. Não! Querem é o direito constitucional da moradia”, concluiu.

O ex-presidente aproveitou para falar a respeito da caçada jurídica de que vem sendo alvo, e das perspectivas eleitorais até o ano de 2018. “Tem um pessoal do MPF que resolveu investigar a minha vida, já viraram, reviraram e desviraram. Não tem problema, eu só quero que peçam desculpas depois, quando não acharem nada. Eu não pensava mais em ser candidato, mas eu não aguento ver que eles estão destruindo este país. Não vou deixar eles continuarem a destruir esse país e se precisar eu serei candidato!”

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Tragédia com o Chapecoense
Durante, a visita, Lula pediu também que fosse feita uma homenagem aos jogadores e demais ocupantes do vôo acidentado nesta terça-feira. Anteriormente, o ex-presidente já havia publicado uma nota a respeito do tema, lamentando o ocorrido e prestando solidariedade às famílias das vítimas.