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#LulaPeloBrasil: Caravana deixa Bahia após visitar 5 cidades em 4 dias


#LulaPeloBrasil: Caravana deixa Bahia após visitar 5 cidades em 4 dias

Lula no acampamento do MST em Jandaíra, última parada na Bahia. Foto: Ricardo Stuckert

Uma viagem de metrô em Salvador no dia 17 de agosto inaugurou a viagem #LulaPeloNordeste. A caravana de ônibus programada para durar 21 dias e percorrer mais de quatro mil quilômetros em nove estados deixa a Bahia neste domingo (20).

A caravana tem como objetivo ouvir o povo sobre os problemas e soluções para cada comunidade, cada Estado. Mas a viagem também é feita de momentos de emoção e carinho, como foi a participação de Lula, convidado como patrono, na colação de grau da segunda turma do curso de Humanidades da Unilab em São Francisco do Conde.

Para ver as fotos da viagem, visite o Flickr do Instituto Lula.

Após andar na nova linha do metrô baiano, Lula apresentou a nova fase do Memorial da Democracia ao público baiano. Uma iniciativa do instituto que leva o nome do ex-presidente, o Memorial da Democracia é um museu virtual dedicado às lutas do povo brasileiro. Uma das falas foi a de José Sérgio Gabrielli, ex-presidente da Petrobras, que destacou a destruição da indústria nacional que tem sido promovida no último ano e meio. Jorge Hage, ex-ministro da Controladoria Geral da União, mandou uma carta sobre a revolução no combate à corrupção promovida durante o governo Lula. E duas alunas negras, uma prounista e uma cotista, contaram sua experiência de mudança de vida graças às políticas de educação progressistas. Em sua fala, Lula destacou, entre tantos heróis da Liberdade que a Bahia deu ao Brasil, três mulheres: "Joana Angélica, Maria Quitéria e a negra Maria Felipa, que derrotou os portugueses em Itaparica".

Na região do recôncavo, além da Unilab, a caravana passou também por Cruz das Almas, onde o ex-presidente participou de um ato de alunos e professores em defesa da autonomia universitária. Isso porque no dia anterior um adversário político do prefeito da cidade entrou com uma liminar e impediu que a Universidade Federal do Recôncavo Baiano, a UFRB – criada por Lula, assim como a Unilab – concedesse um título de doutor honoris causa ao ex-presidente. Nas palavras do prefeito Orlandinho, que falou ao povo em frente à universidade, "ontem a reitoria foi invadida, o conselho universitário agredido, os professores desrespeitados". Lula completou: "Eles acham que tiraram meu diploma de doutor honoris causa. O que eles não sabem é que meu diploma é cada negra e negro que se forma nesse país. Eu soube que aqui uma filha de quilombolas se graduou e agora cursa um doutorado. Quando ela tiver o diploma, o doutorado dela será meu título de honoris causa".

Na tarde de sexta-feira Lula atendeu ao convite para palestrar no no 4º Festival Municipal da Juventude de Cruz das Almas , sobre o tema Juventude, participação e cidadania. O ex-presidente contou como tinha orgulho de dizer que não gostava de política, até perceber que não havia no Congresso quase ninguém que representasse os interesses dos trabalhadores. E pediu que os jovens não deixem de sonhar grande e lutar pelo que querem: "Se até eu, que só tive diploma primário, cheguei a presidente, vocês têm de fazer muito mais. O político ideal que vocês querem está dentro de vocês. Se vocês querem mudar as coisas, entrem na política, não importa o partido". E encerrou com um desejo: "que a juventude assuma o destino deste país". À noite, Lula seguiu para a colação de grau da Unilab , onde disse aos alunos africanos e brasileiros: "Vocês não devem nenhum favor a este país. O Brasil não está fazendo favor, está pagando as horas, os anos e séculos da vida de africanos que foram trazidos para cá e trabalharam até morrer sem ganhar nada".

No sábado, Lula participou de um café da manhã com prefeitos de diversos partidos em Feira de Santana. Também estavam presentes o governador Rui Costa, o ex-governador Jaques Wagner e deputados baianos. No encontro, Lula estimulou os prefeitos a levarem ao governo federal as demandas que eles estão ouvindo nas cidades. Disse que o país nasceu a ser grande e que foi a atenção dada aos mais pobres que permitiu que o país crescesse tanto em seu governo. E cantou ainda o trecho de uma música de uma campanha do PT nos anos 90: "A cidade parece pequena, se comparada com o país, mas é na minha, na sua cidade que se começa a ser feliz".

Na tarde do sábado, a caravana visitou o ato em defesa das políticas públicas pelo Semiárido e a Agricultura Familiar , ainda em Feira de Santana. O convite foi feito pela ASA, A Articulação pelo Semiárido. "Eu nunca vi o governo do Canadá dizer que ia acabar com a neve. Eles estabeleceram uma política de convivência com o inverno rigoroso. E nós começamos a provar que ninguém precisa morrer de sede se tiver um governo responsável", destacou o ex-presidente. Lula elogiou o trabalho dos agricultores familiares, que produzem cerca de 70% dos alimentos nos pratos brasileiros.

A última parada na Bahia foi para visitar o acampamento do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) Valdir Macedo, na cidade de Jandaíra. O ex-presidente visitou duas casas recém-construídas graças a uma parceria com uma ONG paulista. Numa breve fala, Lula agradeceu a acolhida na Bahia e disse que serão dois dias de muito trabalho, de falar muito e também de ouvir muita gente. Em seguida, os ônibus seguiram para o município sergipano de Estância.

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