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Memorial da Democracia é apresentado em Diamantina

Educadores pela Liberdade apresentou o Memorial da Democracia e secretária Macaé Evaristo participou de mesa sobre luta das mulheres


Memorial da Democracia é apresentado em Diamantina

Hércules Macedo e o historiador Danilo Araújo Marques abriram os trabalhos dos Educadores pela Liberdade em Diamantina. Foto: Elian Oliveira/ACS-SEE

Da Secretaria de Educação do Estado de Minas Gerais A cidade histórica de Diamantina recebeu, entre os dias 4 e 7 de outubro, a 4ª edição do fHist – Festival de História, que em 2017 teve como tema “História à quente”. Foram debates, mini cursos, atrações culturais que se espalharam pelos cenários da Tenda Histórica, Teatro Santa Izabel, Casa de Chica da Silva e Mercado Municipal.

Na sexta-feira à noite, profissionais da educação e o público assistiram, na Tenda Histórica, o evento “Educadores Pela Liberdade”, iniciativa da Secretaria de Estado de Educação (SEE), que abre espaço de reflexão sobre temas da atualidade, como democracia, juventude, feminismo e suas interseções com a área da Educação. Aberto pelo chefe de gabinete da SEE, Hércules Macedo, que representou a secretária Macaé Evaristo, fez uma breve homenagem às vítimas e familiares da tragédia de Janaúba, e em especial à professora Helley de Abreu Silva Batista, que morreu no incêndio na creche de Janaúba “entregando sua própria vida dedicada ao cuidado, à educação, à proteção de crianças, e dedicou até seu último momento a esse trabalho”.

Hércules chamou a atenção para a importância do encontro referindo à insistência e resistência dos educadores pela democracia e liberdade “fundamentais para os dias de hoje, quando há um desmonte daquilo que foi construído nas últimas décadas. Desmonte de um estado protetor, que assegura a igualdade, a justiça, tenta reparar as injustiças e sendo desmontado de uma forma nunca vista nesse país, com tanta falta de pudor em todas as instâncias”, declarou.

Hércules alertou aos presentes para o perigo da crescente descrença nas instituições brasileiras, “abrindo espaços para manifestações que tentam a todo custo oprimir a liberdade que tanto buscamos. Que essa noite, com o Memorial da Democracia, nos alimente e coloque em nossas memórias permanentemente o compromisso de não se dobrar ao atraso, à ditadura e ao autoritarismo”.

Após a abertura, o historiador e pesquisador do Projeto República, Núcleo de Pesquisa, Documentação e Memória da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Danilo Araújo Marques, apresentou o Memorial da Democracia, uma ferramenta digital que conta, através de uma linha do tempo, a história do povo brasileiro em suas lutas pela democracia.

A ferramenta oferece diversos suportes, permitindo que, ao acessar o sítio www.memorialdademocracia.com.br, o usuário possa navegar por diversas mídias, como áudios, reprodução de documentos antigos originais, vídeos que tratam do modo de vida, a cultura, a política e informações da época acessada. A forma virtual escolhida pelos pesquisadores teve como objetivo dialogar com maior público possível, extrapolando ao mundo acadêmico, explicou Danilo Marques: “uma linguagem que sai dos muros da universidade, resultado de um trabalho interdisciplinar que reuniu historiadores, designers, programadores, jornalistas”.

O Projeto República, fundado há 16 anos, é um núcleo de pesquisa coordenado pela professora, historiadora e pesquisadora Heloísa Starling, da UFMG, que reúne doze pesquisadores e seis coordenadores de pesquisas.

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