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No Brasil, alto-comissário da ONU elogia política de refúgio da América Latina e do Caribe

O alto-comissário da ONU para refugiados, Filippo Grandi, elogiou nesta segunda-feira (19) em visita a Brasília (DF) a política de refúgio dos países de América Latina e Caribe


No Brasil, alto-comissário da ONU elogia política de refúgio da América Latina e do Caribe

Grandi parabenizou os países da região por manterem uma política de “fronteiras abertas”. Foto: ACNUR

Da ONU Brasil 

O alto-comissário da ONU para refugiados, Filippo Grandi, elogiou nesta segunda-feira (19) em visita a Brasília (DF) a política de refúgio dos países de América Latina e Caribe. As declarações foram feitas na abertura da reunião de consultas regionais sobre o novo Pacto Global para Refugiados, que está sendo discutido pelos Estados-membros das Nações Unidas.

Grandi cumprimentou os países latino-americanos e caribenhos por manterem uma política de “fronteiras abertas e por oferecerem proteção àqueles de dentro e de fora da região, especialmente agora, quando os números de refugiados estão aumentando”.

“Vocês foram pioneiros em dar aos solicitantes de refúgio o direito de trabalhar e a fornecer acesso a programas nacionais de saúde, educação, habitação e outros serviços”, disse. “Esta região tem sido pioneira na implementação de respostas inovadoras, incluindo vistos humanitários. Peço-lhes que continuem a fazê-lo, respeitando o direito de solicitar e receber refúgio”.

Segundo ele, há mais histórias de sucesso de inclusão de refugiados e integração local nesta região do que em qualquer outra parte do mundo. “Estou muito grato ao governo do Brasil por tomar a iniciativa de realizar e sediar esta reunião regional”.

“É importante fazer um balanço das experiências e boas práticas inovadoras da América Latina e do Caribe, como contribuições para o Pacto Global para Refugiados”, disse.

“Medidas importantes foram tomadas para a erradicação da apatridia. A recente adesão do Haiti e do Chile às convenções sobre apatridia é louvável”, declarou. “Na Colômbia, por exemplo, as oportunidades para o retorno voluntário de refugiados e deslocados internos estão emergindo com o processo de paz”.

O alto-comissário disse ainda que o mundo está trabalhando para transformar a Declaração de Nova Iorque — que tem como objetivo melhorar a gestão internacional dos movimentos de refugiados e migrantes — em mecanismos práticos, previsíveis e sustentáveis. Atualmente, há cerca de 66 milhões de pessoas deslocadas por conflitos e violência em todo o mundo.

"Há mais histórias de sucesso sobre a inclusão e a integração local de refugiados nesta região do que em qualquer outro lugar do mundo. Tenho visto isso em minhas visitas nos últimos dois anos".

De acordo com o porta-voz do ACNUR no Brasil, Luiz Fernando Godinho, as Nações Unidas valorizam a cooperação do Brasil com os demais países latino-americanos e caribenhos em seus sistemas de proteção a refugiados.

“Para o ACNUR, e também para o alto-comissário, a América Latina e o Caribe têm sido um exemplo de solidariedade, hospitalidade e cooperação em relação a essas pessoas que fogem de conflitos, de perseguições não só aqui com fora da região”, disse.

O ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, disse na abertura da reunião estar confiante de que a consulta regional no Brasil resultará em medidas efetivas que contribuirão com o Pacto Global para Refugiados. “Que todos os países contribuam e ajudem a combater a xenofobia”, declarou. 

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