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“Nós precisamos voltar a falar grosso novamente”

Na chegada a Florianópolis (SC), ex-presidente diz que em 50 anos de política jamais tinha visto fascistas tentarem impedir alguém de falar com o povo


“Nós precisamos voltar a falar grosso novamente”

Foto: Ricardo Stuckert

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No primeiro ato realizado  em Santa Catarina, segundo estado do Sul a receber a caravana Lula pelo Brasil, o ex-presidente se encontrou neste sábado (24) com reitores de universidades e institutos federais em Florianópolis para falar essencialmente sobre o grande legado deixado pelos governos do PT na área da educação.

Diante da espreita de movimentos fascistas e os criminosos ataques testemunhados nos dias anteriores, porém, Lula foi obrigado a mais uma vez desmascarar as pretensões por trás dos protestos financiados pela elite ruralista da região.

O ex-presidente, que não tem abaixado a guarda para a minoria e está sendo recebido por milhares de pessoas por onde passa, fez duras críticas ao fato de os fascistas terem impedido a sua entrada na cidade gaúcha de Passo Fundo (RS) na tarde de sexta-feira (23). “Eles bloquearam a estrada e não quiseram que eu chegasse à cidade. Mas eu sou tinhoso e vou voltar lá”. 

“Nós fomos anestesiados e não fomos reagindo. Fomos deixando acontecer. E eles foram crescendo a ponto de hoje virem fazer protesto, coisa que eu nunca vi em 50 anos de política foi um bando de fascistas tente evitar que alguém faça um comício. Eles podiam fazer comício em outra praça, outra data que o PT não vai encher o saco de ninguém”. 

No entanto, os casos de ataques contra Lula e o PT não são exclusividade dos tempos atuais. “Nós precisamos aprender a ficar indignados. A sociedade brasileira está anestesiada desde aquela manifestação de 2013. A Copa foi transformada em ódio. A conquista de fazer Olimpíada, que foi uma das coisas mais emocionantes da minha vida, também foi transformada em ódio”. 

“A gente precisa voltar a falar grosso. A gente não pode mais ser apequenado, com complexo de vira lata, tomando bronca de qualquer um. Esses dias um cara do Banco Mundial disse que o salário mínimo no Brasil é muito alto. Quem é ele para falar do Brasil? Vamos trabalhar para dar o direito de o brasileiro recuperar a autoestima deste país, ser feliz, sonhar e ter esperança.”

Sobre educação

Diante de uma plateia formada por reitores de institutos e universidades federais, além de alunos e militantes, Lula também falou sobre o peso que a educação teve durante o seu governo. “Eu fico feliz que o Haddad tenha vindo porque ele é o coordenador do nosso programa de governo e ele sabe que a gente fez da educação uma prioridade.

“Porque não é possível fazer um país competitivo sem investir em educação. Não existe nenhum registro desde o Império Romano de uma nação que se desenvolveu sem que antes tivesse investido em educação”.

“Por isso que eu Haddad funcionávamos como se fosse uma dupla como Messi e Luíz Suarez. Até que me aparece algumas propostas. A primeira foi o Prouni, que teve divergências. Mas a sociedade aceitou.”

“Antes diziam que eu ia nivelar a educação por baixo, que eu estava colocando gente despreparada da periferia, gente que não estudou em escola qualidade. E o que aconteceu três anos depois? Em teste feito em 15 áreas de conhecimento os melhores estudantes eram justamente os “despreparados”do Prouni”.

“E isso nos mostrou que as pessoas estavam precisando apenas de uma oportunidade. Me deem uma oportunidade que eu vou atravessar o Oceano Atlântico. Se não me derem uma oportunidade nem nadar eu vou aprender”.

Sobre o futuro, Lula acredita que, após as grandes revoluções proporcionadas nas mais variadas áreas durante os anos do PT à frente do governo federal, é hora de pensar num plano ainda mais ambicioso para devolver o Brasil aos brasileiros.

“Ao invés a gente falar só de distribuição de renda, vamos falar em distribuição de riqueza. Esses empresários que estão com raiva dizendo que o mercado está com medo. Eu duvido que eles ganharam mais em qualquer outro período da historia do que durante o meu governo.”

Lula pelo Brasil

A viagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva aos estados do Sul do país, em março, é a quarta etapa de um projeto que deve alcançar todas as regiões do país nos meses seguintes. No segundo semestre de 2017, Lula percorreu todos os estados do nordeste, o norte de Minas Gerais, o Espírito Santo e o Rio de Janeiro.

O projeto Lula Pelo Brasil é uma iniciativa com o objetivo de perscrutar a realidade brasileira, no contexto das grandes transformações pelas quais o país passou nos governos populares e o deliberado desmonte dos programas e políticas públicas de desenvolvimento e inclusão social, que vem sendo operado pelo governo golpista.

Da Redação da Agência PT de Notícias, enviada especial ao RS

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