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Protesto em frente ao STF encena morte da Constituição


Protesto em frente ao STF encena morte da Constituição

Foto: BdF

Do Brasil de Fato

Um grupo de manifestantes realizou um ato-manifesto em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF) na manhã desta terça-feira (24). O protesto trazia diversos elementos simbólicos, entre eles, a Constituição ensanguentada. A manifestação foi organizada por um grupo de jovens ligados a organizações populares, entre eles o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

O coletivo também trouxe referências ao ataque aos direitos da população. Os atores-manifestantes estavam fantasiados como Constituição Federal, carteiras de trabalho - em referência à reforma trabalhista - e o próprio Brasil em versões moribundas que eram chicoteadas por um outro manifestante, representando o juiz federal Sergio Moro. Além delas, a própria Justiça, desfigurada, estava representada no ato. 

Ao final, se ensanguentaram simbolicamente com tinta vermelha. As fantasias foram deixadas na porta do Supremo com gritos de “Lula Livre”.

Durante o protesto, cantaram-se palavras de ordem em defesa do princípio da presunção de inocência e contra a entrega do patrimônio público brasileiro à iniciativa privada e os ataques à soberania nacional. Em coro, também criticaram a postura da maioria da Corte no atual contexto político do país: "Antes foi ditadura, agora golpe de novo, os juízes do Supremo esquecem que todo poder emana do povo".

Auxílio-moradia

O STF foi alvo de outro protesto recente. Na sexta-feira passada, um grupo denunciou os privilégios e benefícios de integrantes do Poder Judiciário, como auxílio-moradia. A imprensa tem noticiado que os penduricalhos no sistema de Justiça, não contabilizados como verbas salariais, fazem com que muitos magistrados tenham vencimentos superiores ao teto constitucional para o setor público, equivalente ao salário de um ministro do STF. 

O ministro Luiz Fux foi responsável por uma liminar que legitimou o recebimento de auxílio-moradia por juízes, até mesmo aqueles que são proprietários de imóveis nas cidades onde atuam. O Supremo deve decidir a questão, mas tem adiado o julgamento do tema. 

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