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Trabalhadores ainda não entenderam o que vai acontecer com reforma

Para o ex-presidente, movimento sindical deve reforçar o diálogo para além de suas categorias


Trabalhadores ainda não entenderam o que vai acontecer com reforma

Foto: Ricardo Stuckert

Do Lula.com.br 

Em evento com sindicalistas nesta quinta-feira (30), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o movimento sindical precisa se reorganizar e comunicar a sociedade sobre os efeitos das medidas impostas pelo governo Temer. "Nós precisamos explicar pros trabalhadores o que está acontecendo nesse país. Eles tem que saber o que vai acontecer com eles e que o que conquistamos não foi de graça", disse Lula.

No encontro, que marcou os 25 anos da FEM-CUT/SP (Federação dos Metalúrgicos do Estado de São Paulo), Lula afirmou que aos poucos os trabalhadores já devem começar a sentir os efeitos da reforma e que os sindicatos devem estar prontos para responder aos anseios da sociedade. "Graças a Deus nós temos o movimento sindical. Vamos ter que ter discurso não só pra nossa categoria, como para toda a sociedade", ressaltou.

Para o ex-presidente, quem ganhar a disputa presidencial de 2018 precisará realizar um referendo para revogar as medidas do governo Temer, como a PEC que congelou gastos por 20 anos. "Saúde e Educação não é gasto. Seja quem for que ganhar as eleições não vai conseguir governar se não revogar o que foi feito", avaliou.

"O FHC disse que iria acabar com a Era Vargas e não teve coragem. Nenhum político eleito teria coragem de fazer o que o Temer está fazendo. Ele é refém de um grupo de empresários", pontuou, ao reforçar que a Previdência ainda está em jogo e que o movimento sindical deve permanecer atento a essa pauta.

O presidente da FEM-CUT/SP, Luiz Dias, o Luizão, ressaltou que a medida de sobrepor a negociação entre trabalhador e empregador aos acordos coletivos tem como objetivo desmobilizar a organização sindical. "Essa é a raiz da reforma, é o que representa. Dizer ao trabalhador que a coletividade não importa. Fazer ele achar que vai conseguir negociar com o patrão. Precisamos ir pro chão de fábrica, pra base e apontar isso para os trabalhadores", concluiu. 

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