Doe Agora!

Lula ouve histórias de vida transformadas por programas educacionais


Lula ouve histórias de vida transformadas por programas educacionais

Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula

Oportunidade. Conquista. Transformação. Palavras que marcaram o encontro do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com beneficiários de programas de acesso ao ensino superior e técnico, realizado nesta segunda-feira (11) na sede do Instituto Lula, em comemoração ao dia do estudante.

Ao longo de três horas, 16 atuais e ex-beneficiários compartilharam experiências e expectativas com o ex-presidente, que deu início à atividade relatando as barreiras impostas ao tentar criar programas como o Prouni (Programa Universidade para Todos), Sisu (Sistema de Seleção Unificada), além da reforma em ações já existentes, como o Fies (Financiamento Estudantil). Também o Reuni, classificado como evolução conceitual da educação por Lula, mostrou “para a Direita e para a Esquerda”, que a educação poderia ser um bem acessível a todos. “Vocês são a razão desse sucesso porque, se não tivessem acreditado a gente talvez não tivesse essa reunião aqui hoje”, disse Lula.

“O que vocês significam é a afirmação de que a gente pode ser o que a gente quer. (...) A gente tem que dar oportunidade e ver que todo mundo pode ser alguma coisa. Quando a gente tem oportunidade de provar que pode ser igual àquele que parece superior, é que fica legal”, aponta. Lula destacou ainda que as oportunidades foram geradas pelo governo, mas o empenho de cada um dos presentes fez milhares de histórias possíveis. “No nosso governo, os pobres passaram a ser tratados como cidadãos de primeira classe. (...) A diferença entre nós e eles é que nós criamos oportunidades”.

Veja os depoimentos feitos no encontro:

Mais do que destacar os avanços no setor, como investimentos três vezes maiores, geração recorde de vagas em universidades, a aprovação do Plano Nacional da Educação - que destina 75% dos royalties do Pré-sal à Educação – Lula ouviu um a um os relatos dos estudantes e lembrou da própria juventude, quando teve acesso ao ensino técnico. “Eu fui o primeiro de oito filhos a fazer um curso técnico. E foi isso que me ajudou a conseguir um emprego melhor, que me fez ajudar mais em casa”.

Em comum, os depoimentos mostraram histórias de famílias com baixo poder aquisitivo, o enfrentamento do preconceito por questões sociais e econômicas e, acima de tudo, força de vontade. Vitória, a mais jovem entre os presentes, com 17 anos, agradeceu pela oportunidade de cursar fisioterapia, antes, um sonho distante; “Só quem passou por algo parecido, pelas dificuldades, pode ser capaz de fazer algo por aqueles que precisam. (...) Eu acredito porque vocês acreditaram na gente e lutaram também”.

Tássio Acosta Rodrigues compartilhou passagens marcantes como os 20 quilômetros que pedalava diariamente entre os estágios e a universidade, ou ainda, a marmita estragada que comia com frequência naquele período. Apesar das dificuldades, ele conseguiu se tornar professor e viu vários de seus alunos sendo beneficiados pelo Pronatec. Hoje, se diz “abraçado” pelo Reuni, programa que possibilitou cursar seu mestrado. “Nós não estamos falando só por nós mesmos, estamos falando por pessoas que estão vivendo uma transformação educacional no país”.

Entre os mais emocionados, Carlos de Oliveira Mello lembrou do orgulho que deu aos pais ao conquistar um diploma de Direito. “O filho da empregada e do pai analfabeto virou doutor. (...) Ninguém estava mais feliz do que eu naquela formatura”, relembrou.

Severine Macedo e Vitória Barros, respectivamente, secretária nacional de juventude e presidente da União Nacional do Estudantes, também acompanharam o ato e lembraram que há uma disputa política paralela às críticas relacionadas a esses programas federais. “Nós estamos vivendo um momento de disputa de valores no país e no mundo inteiro. Vocês são a vitória da disputa de valores por algo mais democrático. Na década de 90, Deus existia, a família estava ali para poiar o jovem que queria estudar e o cara se esforçava, mas a coisa não saia. Então, algo mudou de lá pra cá”, afirmou Vitória. Ideia complementada por Severine: “O que está em jogo não é quem é mais bonito, mais azul ou mais vermelho, não é um projeto de poder, é um projeto de país”.

RECOMENDADAS PARA VOCÊ