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Trabalho no Brasil: do pleno emprego ao desalento


Trabalho no Brasil: do pleno emprego ao desalento

Por lula.com.br

Dados do IBGE revelaram que o desemprego no trimestre de março a maio de 2021 chegou a 14,6% no Brasil. Falta trabalho para 33 milhões de pessoas, entre desempregados, subocupados e desalentados. A gestão desastrosa de Bolsonaro levou ao desaparecimento de 6 empregos por minuto no primeiro ano da pandemia. Situação diametralmente oposta àquela vivida pelos brasileiros durante os governos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do PT, que criaram 20 milhões de postos formais de trabalho e levaram o Brasil a uma situação de pleno emprego, com o recorde de apenas 4,9% de desempregados em 2014.

Colocar a população mais pobre no centro da economia: esse sempre foi um dos principais objetivos de Lula. Os governos do PT promoveram desenvolvimento econômico com estabilidade, redução das desigualdades e inclusão social. O combate à miséria, o fortalecimento do mercado interno de produção e do consumo de massa estavam atrelados também ao crescimento da economia e possibilitaram que o Brasil atravessasse a crise de 2008 como um dos países menos afetados do mundo. Lula aliou políticas de transferência de renda (como o Programa Bolsa Família), uma política de valorização real do salário mínimo e o aumento da cobertura da Previdência Social à geração de empregos formais e mecanismos de formalização da economia.

Segundo dados do IBGE, entre 2003 e o início de 2016, foram criados mais de 20 milhões de postos de trabalho formais. Em 2014, o Brasil atingiu a menor taxa de desemprego da história – apenas 4,9% de desempregados, o que caracteriza a situação de pleno emprego. Lula e os governos do PT também promoveram um aumento da formalização do mercado de trabalho: em 2015, os empregados no setor privado com carteira de trabalho assinada totalizaram 11,7 milhões de pessoas, um aumento de 57,1% em relação a 2003.  O percentual de empregados sem carteira de trabalho assinada no setor privado caiu de 15,6% em 2003 para 8,5% em 2015.

Não bastava criar emprego, era crucial também aumentar salários. A política de valorização do salário mínimo promoveu um aumento real de 77% em 12 anos, e foi totalmente extinta por Bolsonaro. A Massa de Rendimentos do Trabalho (MRT) cresceu 62,8% entre 2003 e 2012 (uma média de 5,56% ao ano). Durante os governos de Lula e do PT, 36 milhões de brasileiros deixaram a pobreza extrema e 42 milhões foram incluídos na classe média. O Brasil ganhou destaque como liderança internacional e chegou à posição de 6ª economia do mundo.

Já Bolsonaro, eleito com o discurso de rápida criação de empregos, faz o Brasil voltar ao desemprego, à insegurança trabalhista (com a famigerada Carteira Verde e Amarela), à fome e à miséria. A taxa de desemprego de 14,6% equivale a 14,8 milhões de desempregados, ou seja, pessoas que não trabalham mas procuraram emprego nos últimos 30 dias.

Além destes, existem mais 7,4 milhões de subocupados, que trabalham menos de 40 horas por semana e gostariam de trabalhar mais (cria direta da reforma trabalhista). Esse número teve aumento de 27,2% em comparação com o mesmo trimestre do ano passado. Outras 10,8 milhões de pessoas fazem parte da “força de trabalho potencial”: 5,7 milhões de desalentados desistiram de procurar emprego, enquanto5,1 milhões de pessoas não podem trabalhar no momento (em parte devido às consequências da má gestão da pandemia de Covid-19).

No balanço geral, o levantamento do IBGE aponta que faltam oportunidades de trabalho para 33 milhões de pessoas. Quando questionado sobre essa realidade aterradora, Paulo Guedes, ministro da Economia de Bolsonaro, tratou de questionar a metodologia do IBGE (em vez de propor políticas de geração de emprego). Guedes costuma usar os dados do Caged, que sofreu uma mudança radical em sua metodologia e agora agrega trabalhadores temporários, que podem passar mais de um mês sem serem chamados para trabalhar e, portanto, sem receber salário. A cruzada de Bolsonaro e seus ministros contra a transparência e os dados científicos parece não ter fim.

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