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Lula: 'Eles não aceitam que o petróleo é nosso'

Ex-presidente participou de debate com a FUP no Rio de Janeiro


Lula: 'Eles não aceitam que o petróleo é nosso'

Ex-presidente participou de debate com a FUP no Rio de Janeiro

Em evento com petroleiros da Federação Única dos Petroleiros (FUP) em um hotel de Copacabana, Rio de Janeiro, nesta terça-feira (29), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou a política de preços da Petrobras e a escalada dos combustíveis. “O que fizeram com a Petrobras foi crucificar a mais importante empresa que nós tínhamos no Brasil", disse Lula, analisando que a petroleira foi sacrificada para favorecer as narrativas contrárias às gestões do PT e para dificultar a soberania da empresa.

“Aconteceu neste país que uma parcela de pessoas do Ministério Público, que fazia parte da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, criou a imagem de que todos que defendem a Petrobras são corruptos, que os trabalhadores são corruptos, que toda a direção é corrupta. Então, agora que está ficando provado quem é quem na história do país, agora que está ficando quem está roubando a Petrobras, agora que está ficando provado de quem é o interesse de destruir a Petrobras, nós temos que fazer a nossa tarefa”, disse Lula.

Participaram do debate a deputada federal e presidente do PT, Gleisi Hoffmann, o deputado federal Marcelo Freixo (PSB-RJ), o deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa, André Ceciliano (PT-RJ), o vereador e ex-senador Lindbergh Farias (PT-RJ), e o ex-presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli.

O evento discutiu a crise do setor analisando dois pontos principais: a disparada dos preços de itens como a gasolina e o óleo diesel, aumento de preços que foi impulsionado em março pelos efeitos econômicos da guerra entre Rússia e Ucrânia; e a saída do atual presidente da Petrobras, general Joaquim Silva e Luna, que foi comunicado na segunda-feira (28) de que deixará o comando da empresa. Ele será substituído pelo economista Adriano Pires, atual diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE).

"Eu não conheço essa pessoa. Por isso, não vou falar mal do cara que assumiu. Mas vi, dos dois trechos de notícias que li hoje, que ele é lobista, e muito mais ligado às empresas estrangeiras do que às nossas. Faz parte de um grupo seleto de personalidades que não aceita que o petróleo é nosso", disse Lula. O ex-presidente defendeu que a estatal é estratégica para os interesses nacionais.

“Com Adriano Pires, já tivemos vários embates históricos. É um contrassenso neste momento levá-lo para dirigir a Petrobras. E, com todo o respeito, não sei se ele já administrou mais de dez pessoas na vida, porque o histórico dele é só de fazer lobby, de defender os interesses das petroleiras internacionais”, criticou Ceciliano. 

Assista o encontro na integra no vídeo abaixo


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