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Haddad: ‘Justiça não pode ter torcida’


Haddad: ‘Justiça não pode ter torcida’

No meio do povo: Haddad disse que existe uma consciência maior de que se cometeu uma injustiça grave ao presidente Lula. Foto: Ricardo Stuckert

Ex-ministro da Educação comparou o então juiz Sergio Moro a um árbitro de futebol, que tomou partido na sua função de magistrado. E reafirmou que Moro condenou Lula injustamente

Da Rede Brasil Atual 

“Moro veste a camisa do Bolsonaro, e Justiça não pode ter torcida”, afirmou hoje (6) o ex-ministro da Educação e ex-candidato à Presidência Fernando Haddad, ao participar de ato pela liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em Florianópolis. Na manhã deste sábado, a Caravana Lula Livre pelo Sul, que saiu ontem de Porto Alegre, levou milhares de pessoas para um grande ato realizado no centro da capital catarinense.

Haddad comparou o então juiz Sergio Moro, hoje ministro, a um árbitro de futebol, que tomou partido na sua função de magistrado. E denunciou que Moro condenou Lula injustamente, e que, inclusive, não era de sua competência julgar o processo contra o ex-presidente, uma vez que o objeto não tinha nada a ver com a Petrobras.

“Moro transformou o julgamento de Lula em uma questão pessoal, e não de direito. Um juiz não pode tomar partido, não pode ter filiação partidária. Vocês aceitariam ir para um campo de futebol e ver o juiz torcer por um dos times?”, indagou. E foi além: “Moro veste a camisa do Bolsonaro, e Justiça não pode ter torcida”, argumentou o ex-ministro da Educação.

Para Haddad, é preciso ainda resgatar a credibilidade das instituições, dos tribunais superiores, e do poder Executivo. “O prejuízo causado é inestimável, mas temos futuro pela frente, filhos, netos. Nossa tarefa é voltar a nos encontrar nas praças, com as pessoas, pois ficamos muito tempo no Twitter e no Facebook. Precisamos manter diálogo com a população, face a face, tocar o coração das pessoas”, recomendou.

Haddad disse que existe “uma consciência maior de que se cometeu uma injustiça grave ao presidente Lula, que deve ser reparada pelos tribunais superiores do Brasil”, ao se referir especialmente ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Para Haddad, Bolsonaro também reconhece sua própria incompetência para liderar o país. “Passou vergonha em três viagens internacionais. Temos vergonha do que ele faz lá fora. É melhor ele ficar por aqui, porque Bolsonaro não nos representa nem aqui, nem no exterior”, frisou o petista.

Também no ato em Florianópolis, o deputado Paulo Pimenta (PT-RS) lembrou que há um ano ele estava no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, junto com o ex-presidente Lula, às vésperas de ele ser “sequestrado de maneira criminosa pelo juiz Sergio Moro e pelos golden boys(procuradores da Lava Jato)”.

Pimenta ainda recordou que cada vez que falava com Lula, o ex-presidente repetia: “Se alguma coisa acontecer comigo eu preciso percorrer o Brasil pelas pernas de vocês, e é preciso que nossa militância continue conversando com povo brasileiro”. O líder petista enfatizou que neste domingo (7), em Curitiba, todos devem transmitir para o ex-presidente “aquilo que cada um tem de melhor" Pimenta pediu que todos se mantenham mobilizados até “Lula estar conosco novamente”.

A Caravana Lula Livre com Haddad segue agora para Curitiba, onde se realiza seu ato de encerramento neste domingo, dia em que a prisão política do ex-presidente completa um ano.

O ato está marcado para as 10h e terá a presença de caravanas vindas de todo o País – muitas delas já presentes na capital paranaense. A programação se estenderá até o final da tarde, com uma série de atividades artísticas e religiosas.

Jornada
Entre os dias 7 e 10, todas as atenções estarão voltadas para a Jornada Lula Livre, iniciativa que pretende reforçar o posicionamento contrário diante da atual conjuntura política brasileira e ampliar a unidade em torno das lutas em defesa do maior líder popular da história do Brasil.

Com eventos programados em praticamente todos os estados brasileiros e também em diversos outros países, a Jornada Lula Livre terá ato nacional neste domingo (7), dia em que a prisão política completa um ano.

A iniciativa é parte da reorganização das estratégias de mobilização dos comitês popularesespalhados por todas as regiões da nação e reativa e campanha Lula Livre lançada ano passado. A jornada também se readequará aos lamentáveis desdobramentos políticos que aconteceram no país a partir da eleição de Jair Bolsonaro, como a Reforma de Previdência.

Com informações do site 'PT na Câmara'

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