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Um ponto de encontro entre o Brasil e a África


Um ponto de encontro entre o Brasil e a África

A Iniciativa África do Instituto Lula em 2013

Ao sair da Presidência da República, em 2010, Lula decidiu continuar ajudando a ampliar as relações e cooperação do Brasil com os países africanos, com destaque para  a experiência bem sucedida do Brasil no combate à fome e à pobreza.

Durante os dois mandatos de Lula na Presidência (2003-2010), o Brasil ampliou muito o comércio, as relações políticas, diplomáticas e as iniciativas de cooperação com países africanos. O fluxo comercial multiplicou por cinco no período, passando de 5 para 25 bilhões de dólares por ano. Foram abertas novas embaixadas no continente. O Brasil implantou um escritório da Embrapa em Gana e uma fábrica de medicamentos antirretrovirais em Moçambique, onde também foi criada uma universidade aberta, graças à parceria entre  instituições moçambicanas e brasileiras.

Em muitos países africanos os programas sociais brasileiros despertam grande interesse em um continente que hoje já tem 300 milhões de habitantes com renda de classe média, mas que enfrenta ainda enormes desafios no combate à fome, na saúde, na produção e acesso a alimentos e energia.

Para compartilhar as experiências e o conhecimento entre o Brasil e os países africanos foi criada, dentro do Instituto Lula, a Iniciativa África, que trabalha desde 2011 em parceria e dialogando com a sociedade civil, instituições multilaterais e governos no continente. Para isso foram organizados eventos no Brasil e no exterior, além das viagens do ex-presidente para países africanos.

Em 2013 o Instituto Lula trabalhou para ampliar contatos e o conhecimento sobre a África no Brasil e vice-versa, em especial sobre as experiências de combate à fome. Esse esforço culminou com o encontro de alto nível de três dias em Adis Abeba, Etiópia,  para impulsionar a luta pela erradicação da fome na África até 2025, organizado pela União Africana e a FAO, em parceria como Instituto.. Além da Etiópia, Lula visitou em 2013 outros seis países africanos (Guiné Equatorial, Gana, Benin, Nigéria, Malauí e África do Sul), conversando com chefes de estado, lideranças sociais e empresariais sobre a experiência do Brasil em combinar combate à pobreza, democracia e desenvolvimento econômico.

“A ênfase principal é na questão social. A maior colaboração que o Brasil pode dar é compartilhar experiências bem sucedidas de políticas públicas, em especial no combate á fome, para os países africanos”, explica Celso Marcondes, coordenador da Iniciativa África.

Um trabalho que continua em 2014, com o acompanhamento no fim de janeiro, da reunião da União Africana, onde os líderes do continente se comprometeram com a meta de erradicar a fome na África até 2025.

No Brasil, Lula participou de atividades do jornal Valor Econômico, da revista CartaCapital, da Prefeitura de São Paulo e da Faculdade Zumbi dos Palmares, que promoveram o encontro e troca de experiências entre o Brasil e a África. Além disso, a exibição na TV paga e aberta da série “Presidentes Africanos”, apresentada pelo jornalista e conselheiro do Instituto Lula Franklin Martins, premiada pela Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA), é uma rara oportunidade para os brasileiros saberem mais sobre a África Contemporânea, tema que ainda recebe pouco espaço nos meios de comunicação.

E na sede do Instituto, o ex-presidente e sua equipe receberam delegações de visitantes e embaixadas africanas, movimentos sociais, organizações não governamentais, empresários e instituições multilaterais que trabalham no continente.

“Nesses três anos de atividades, o Instituto se tornou um centro de referência e encontro das pessoas interessadas em disseminar conhecimento e melhorar as relações do Brasil com os países africanos” afirma Marcondes.

A reunião de alto nível em Adis Abeba “novas abordagens unificadas para erradicar a fome na África até 2025”

Entre os dias 29 de junho e 1º de julho, aconteceu na sede da União Africana a reunião de alto nível “Rumo ao renascimento africano: novas abordagens unificadas para erradicar a fome na África até 2025 no âmbito do CAADP (Programa Compreensivo para o. Desenvolvimento da Agricultura em África)”. O encontro, promovido pela União Africana, pela FAO e pelo Instituto Lula, reuniu sete chefes de estado e de governo africanos, dezenas de ministros de praticamente todos os países do continente, representantes de outros países como China e Vietnã, ex-presidentes, representantes de organismos internacionais, ONGs como a Fundação Bill e Melinda Gates, e dezenas de representantes de movimentos populares africanos.

A reunião definiu uma coordenação formada por União Africana, FAO e Instituto Lula, para encaminhar as propostas do encontro, e um roteiro de atividades. Foram definidos quatro países para iniciativas-piloto de implantação das abordagens de combate à fome defendidas no encontro: Angola, Etiópia, Maláui e Níger. http://www.institutolula.org/roteiro-de-atividades-do-encontro-sobre-erradicacao-da-fome-na-africa/#more-3734

O encontro também foi importante para os países africanos conhecerem melhor a experiência de combate à fome do Brasil e a experiência do país em produção de alimentos. Participou também da reunião a ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello, que relatou os programas dos governos Lula e Dilma que reduziram significativamente a pobreza no Brasil, como o Brasil sem Miséria e o Bolsa Família, além do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e outras iniciativas de apoio à agricultura familiar. Também esteve no encontro o chefe da Secretaria de Relações Internacionais da Embrapa, Márcio Porto, que apresentou a capacidade da empresa em agricultura tropical, que permitiu ao Brasil tornar-se um grande produtor de alimentos, e o potencial de transferência do conhecimento agrícola brasileiro para os países africanos.

Na reunião, o ex-presidente Lula defendeu fortemente a atenção e inclusão dos mais pobres nos orçamentos governamentais http://www.institutolula.org/sem-incluir-o-pobre-no-orcamento-a-fome-nao-tera-solucao-diz-lula/#more-3655 O comunicado conjunto da reunião apontou para a urgência de somar  esforços da FAO, da União Africana e dos chefes de estado presentes pela ampliação dos recursos investidos em agricultura e programas sociais e o compromisso  não apenas de reduzir, mas de erradicar a fome na África até 2025. http://www.institutolula.org/comunicado-conjunto-2025-unidos-pela-agenda-africana-para-erradicar-a-fome/#.UrHezvRDtz4

Atividades em países africanos

Lula visitou seis países africanos em 2013 além da Etiópia.

Malauí Lula esteve no Malauí em junho e ali participou de reunião da comissão da ONU que trata de políticas para combater o HIV, a UNAIDS. Nessa reunião Lula falou sobre a experiência brasileira de distribuição de medicamentos gratuitos para os portadores do HIV e da necessidade de se combinar de forma indissociável as lutas contra a Aids e a pobreza. http://www.institutolula.org/a-producao-de-medicamentos-nao-pode-representar-apenas-interesses-economicos-mas-tambem-humanitarios-defende-lula-em-debate-sobre-combate-a-aids-no-malaui/#.UrHiiPRDtz4

E em março o ex-presidente fez uma viagem de  seis dias por quatro países africanos: Guiné Equatorial, Gana, Benin e Nigéria.

Gana Em Accra, capital de Gana, Lula se encontrou com o presidente Dramani Mahama, que elogiou o modelo de desenvolvimento com inclusão social do Brasil http://www.institutolula.org/em-encontro-com-lula-presidente-de-gana-elogia-modelo-brasileiro-de-desenvolvimento/#.UrHmxPRDtz4. Participou de um debate com o ex-presidente de Gana John Kufuor, que junto com Lula ganhou o prêmio World Food Prize de 2011 pelo papel que os dois tiveram em reduzir a fome e ampliar a produção de alimentos nos seus países.

Nigéria e Benin Em Lagos, Lula se encontrou com líderes políticos e sindicais e participou de um debate promovido pela revista The Economist em Lagos, na Nigéria. Em Cotonou, no Benin, foi recebido pelo presidente Boni Yayi e todo o seu ministério.

Os contatos e detalhes da viagem podem ser conhecidos nesse link: http://www.institutolula.org/lula-na-africa-o-brasil-precisa-estar-junto-da-africa-neste-processo-de-crescimento/#.UrHir_RDtz4

Nelson Mandela Em dezembro, a convite da presidenta Dilma Rousseff, junto com os demais  ex-presidentes (José Sarney, Fernando Collor e Fernando Henrique Cardoso) Lula participou em Johanesburgo, na África do Sul, da cerimônia fúnebre em homenagem ao líder sul-africano Nelson Mandela.

Além da viagem aos países africanos, Lula esteve em abril em Washington, para a cerimônia de entrega do prêmio Africare, ONG norte-americana que trabalha com projetos sociais na África. O prêmio da entidade, recebido por Lula em 2012, foi  concedido esse ano para o filantropo sudanês Mo Ibrahim. Lula fez o discurso de apresentação de Mo Ibrahim, que comanda uma fundação que trabalha para melhorar a gestão pública da África.

Atividades no Brasil

Lula e o Instituto também participaram e promoveram atividades no Brasil sobre a África, buscando contribuir para ampliar o  conhecimento do Brasil sobre o momento atual dos países africanos. No dia 22 de maio, Lula participou do seminário As Relações do Brasil com a África, a Nova Fronteira do Capitalismo Global, organizado pelo jornal Valor Econômico, que aconteceu na sede da Confederação Nacional da Indústria, em Brasília, reunindo lideranças empresariais brasileiras para discutir investimentos no continente africano. Lula encorajou o Brasil a ter uma participação mais ativa no mundo. “Ninguém é ator global vivendo dentro da casca do caramujo.” Saiba mais sobre o evento e ouça o discurso completo de Lula em http://www.institutolula.org/lula-encerra-seminario-sobre-relacoes-brasil-africa/

No mesmo dia 22, Lula participou de um jantar em sua homenagem oferecido pelos embaixadores dos países africanos no Brasil, como reconhecimento do seu empenho nas relações Brasil-África e comemorar o “Dia da África”.

Cinco dias depois, em São Paulo, junto com o prefeito Fernando Haddad Lula participou de cerimônia também em comemoração ao Dia da África e do lançamento de um grupo de trabalho para implantar a lei federal,  do ano de 2003, que determina o ensino de história africana (http://www.institutolula.org/quem-pode-ter-uma-relacao-diferente-com-a-africa-e-o-brasil-afirma-lula-em-comemoracao-do-dia-da-africa/ )

Junto com a ganhadora do prêmio Nobel da Paz, a liberiana Leymah Gbowee, Lula também esteve, no evento “Um mundo sem fome: estratégias da superação da miséria” da revista Carta Capital. O debate central foi  “A democracia, a paz e a justiça social no Brasil e na África” e foi mediada pelo ex-ministro Franklin Martins. Gbowee fez um emocionante depoimento sobre o impacto dos conflitos armados na vida das famílias africanas, e por isso mesmo a importância da paz.  http://www.institutolula.org/nao-se-pode-ignorar-o-papel-das-mulheres-no-combate-a-fome-afirma-nobel-da-paz-em-mesa-com-lula/#more-4155

O Instituto Lula promoveu ainda três encontros intitulados “Conversas sobre a África”, em parceria com o Sindicato dos Bancários e o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, um com o professor Luiz Felipe Alencastro (http://www.institutolula.org/o-brasil-e-um-pais-de-colonizacao-africana/#more-4106), sobre a importância da África para a formação do Brasil,  outro com o jornalista Franklin Martins, para apresentar a série “Presidentes Africanos” (http://www.institutolula.org/os-proximos-anos-serao-de-descoberta-da-africa/#more-4454) e o terceiro com representantes sociais para debater o programa Pró-Savana em Moçambique.

E em novembro, na Faculdade Zumbi dos Palmares, Lula ganhou o prêmio “Raça Negra” e participou de debate com o presidente da Guiné, Alpha Condé, com o reverendo americano Jesse Jackson, e com a deputada angolana Irene Neto  (http://noticias.terra.com.br/brasil/lula-jesse-jackson-e-presidente-da-guine-se-unem-pela-igualdade-racial,d0ec05af44a62410VgnCLD2000000ec6eb0aRCRD.html)

Encontros e missões diplomáticas

Durante 2013, o Instituto Lula recebeu 19 missões diplomáticas de 13 países africanos diferentes, além de representantes de organismos multilaterais, ONGs, empresários e acadêmicos. Além disso, realizou 49 reuniões com diferentes instituições, proponentes de projetos culturais, educacionais e de cooperação, jornalistas especializados em África e estudantes.

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