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América Latina: formação de mão de obra e PPP podem alavancar economia


O que a economia mundial, o esporte e a sustentabilidade têm em comum? No Fórum Empresarial: América Latina e Caribe Global 2014 estes são todos temas diretamente ligados à América Latina, suas principais demandas e avanços já conquistados. A formação e qualificação de mão de obra e a realização de Parcerias Público-Privadas (PPP), na avaliação dos debatedores, são diretrizes a serem adotadas para alavancar a economia local e global. A atividade realizada em São Paulo ao longo de toda esta terça-feira (10) é organizada pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e a Prefeitura da Cidade de São Paulo, com apoio do Instituto Lula.

O presidente do BTG Pactual, André Esteves, destacou a importância da América Latina em meio ao processo de recuperação da economia mundial. Segundo ele, “ela não apresenta grandes problemas no campo da economia, mas precisa melhorar sua produtividade”. Participante do mesmo painel, Luciano Coutinho, presidente do BNDES falou sobre a importância da internet nesse processo. “A sociedade está tremendamente integrada pela internet. Dentre as infraestruturas que pensamos aqui, (...) precisamos ter uma estrutura de telecomunicações poderosa, além de um processo de inclusão digital”.

Eugenio Figueiredo, presidente da Confederação Sulamericana de Futebol (Conmebol), abordou a questão “O Esporte e a Economia na América Latina – mercado em ascensão", tema ainda mais em evidência em função da Copa do Mundo que começa na próxima quinta-feira (12).

Sob a ótica das grandes empresas, a sustentabilidade na América Latina ganhou destaque na última mesa do período da manhã. Os entraves das PPP foram unanimidade entre os debatedores, bem como o papel dos governantes e a capacidade institucional do Estado. “Onde deu certo [o processo de PPP], o pessoal [do Estado] se focou na avaliação e não na estruturação”, afirmou Marcelo Odebrecht. E concluiu destacando a necessidade de formação de mão de obra, escassa no setor de Construção. “Na América Latina tem cerca de 7% de desemprego, na construção isso beira zero. Falta mão de obra”.

 

LAC Global 2014 debate revolução industrial verde e Copa do Mundo

Os painéis do Fórum Empresarial: América Latina e Caribe Global 2014 desta tarde (10) foram retomados com um debate sobre as multinacionais na América Latina. A sustentabilidade em países emergentes e o esporte também ganharam espaço.

A mesa que tratou das “‘Multilatinas’ e sua Importância para a Região e o Mundo” reforçou a discussão acerca da bioeconomia e a revolução industrial. “Poderíamos ser a Inglaterra do século XVII nessa nova revolução indústria”, exemplificou Gustavo Grobocopatel, presidente do Grupo Los Grobo, da Argentina.

Dominic Barton, diretor da McKinsey and Company, pediu a todos que sejam “ambiciosos” em relação ao futuro da América Latina. Segundo ele, a tecnologia é cada vez mais rápida, o consumo, maior, e a expansão das empresas muito rápida. Ideia reiterada por Nizan Guanaes, sócio fundador do Grupo ABC. “A América Latina tem um imenso potencial. Acho que a longo prazo, quem investir na América Latina vai ter mais resultado do que quem investir na China”.

Já no painel “Em direção a um Modelo de Cidades Sustentáveis do Futuro”, dois prefeitos argentinos compartilharam experiências com o público: Gustavo Pulti, de Mar del Plata; e Mónica Fein, de Rosário. O secretário de Desenvolvimento Urbano de São Paulo, Fernando de Mello Franco, destacou importantes exemplos de gestão adotados pelo município, como a substituição das lâmpadas convencionais da iluminação pública por LED, que gera uma economia que pode chegar a 70%. “A economia é equivalente a produção de energia de uma cidade de 140 mil habitantes”

Conteúdo relevante nas redes foi o tema da palestra ministrada por Sofia Loannou, diretora latam da Viacom-MTV. Ela destacou a internet e as parcerias possíveis - a exemplo do BID - para “fazer a mudança acontecer nas comunidades locais e para empoderar os jovens”.

Esporte

O legado das copas, de uma maneira geral, puxou o debate da penúltima mesa do Fórum. Em consenso, os painelistas avaliam que essa é a oportunidade do Brasil mostrar ao mundo o que ele é. Edmilson, integrante da seleção brasileira na Copa de 2002, falou da expectativa para o mundial. “Vamos viver esse mundial intensamente. (...) E claro, em uma final Brasil X Argentina e vamos golear”, arriscou.

A última mesa da tarde abordou as oportunidades de investimentos na cidade de São Paulo. A vocação da cidade para receber turistas, a instalação de empresas na Zona Leste com contrapartidas fiscais da Prefeitura e estiveram presentes na faça de Wilson Poit, secretário de Turismo e presidente da SP Negócios. Luciano Almeida, presidente da Investe SP, aposta na cidade como “lugar onde as coisas acontecem”. O presidente da Apex, Mauricio Borges, destacou que com a realização da Copa, todo o país tem uma oportunidade ímpar, mas São Paulo será, sem dúvida, na avaliação dele, a grande vitrine desse mundial.

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