Em encontro com Martin Schulz, ex-presidente reafirmou sua confiança na economia do Brasil e denunciou o golpe contra a presidenta Dilma Rousseff
Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula
10/12/2015 10:12
Na manhã desta quinta-feira (10), em Berlim, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu com o presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, e sua equipe.
Os dois conversaram sobre a conjuntura internacional. Schulz, que também é o líder dos partidos sociais-democratas europeus, fez uma apresentação inicial sobre os principais problemas e desafios enfrentados hoje pela Comunidade Europeia. As respostas à crise econômica internacional e a necessidade de se manter a unidade da União Europeia foram os destaques da explanação de Schulz.
Lula fez questão de falar sobre a situação do Brasil para a delegação alemã. Reafirmou sua confiança na recuperação econômica do país e, mais uma vez, denunciou a tentativa de golpe contra a presidente Dilma Rousseff.
O ex-presidente deixou claro ao alemão que não existe base jurídica ou política para que prospere o processo de impeachment contra a presidente. Também lembrou das diversas manifestações contrárias ao impedimento feitas por partidos políticos, movimentos sociais, organizações da sociedade civil, da Igreja Católica e outras denominações religiosas, de juristas, intelectuais e artistas.
Schulz relatou as iniciativas do Parlamento Europeu de aproximar mais a Europa e a América Latina. Falou sobre a sua confiança no processo de paz na Colômbia, e suas expectativas após os últimos resultados eleitorais na Venezuela e na Argentina, além de ressaltar a importância do Brasil para a paz, integração e desenvolvimento da América do Sul.
Lula fez uma avaliação do desenvolvimento econômico em diversos países da região, lembrando dos avanços do conjunto do continente na redução da pobreza e da fome, dentro da plena normalidade democrática. Esse quadro favorece um avanço significativo no futuro das relações comerciais, políticas e de cooperação com a Europa.