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Diretora do Instituto debate renda básica com Suplicy


Diretora do Instituto debate renda básica com Suplicy

Foto: Reprodução/Tamires Sampaio

Nesta segunda-feira (30), a diretora do Instituto Lula Tamires Sampaio conversou com o Eduardo Suplicy sobre a renda emergencial aprovada pelo Congresso e sua já famosa luta por uma Renda Básica de Cidadania para todos os brasileiros. O bate-papo foi transmitido por uma live no Instagram.

No contexto de vulnerabilidade da classe trabalhadora frente à pandemia de coronavírus, Suplicy celebrou a aprovação do auxílio emergencial de 600 reais mensais por pessoa. Até a hora da conversa, a proposta ainda tramitava no Senado. Agora aprovada, só depende da sanção pelo presidente e de um decreto para ser implementada. Políticos de todos os matizes pedem urgência ao governo, já que quem tem fome tem pressa.

Terão direito ao benefício trabalhadores informais, autônomos, microempreendedores individuais (MEI) e desempregados que não estejam recebendo seguro desemprego ou benefício previdenciário. Para ter direito ao auxílio, a renda familiar mensal deve ser inferior a meio salário mínimo per capita ou três salários mínimos no total. Suplicy destacou a importância da medida priorizar os mais necessitados, mas defendeu que a luta não pare por aí. Segundo o vereador, é necessário que todos os brasileiros tenham direito a uma renda básica, e não só em momentos de crise.

Tamires lembrou que a defesa de uma Renda Básica de Cidadania por Suplicy vem de longa data e que a ideia está explicada em seu livro Renda de Cidadania - A Saída É Pela Porta. Na obra, Suplicy relata sua trajetória em busca de uma política econômica civilizada e justa para o Brasil. Ainda, apresenta experiências bem sucedidas de lugares ao redor do mundo que implementaram uma renda básica universal, como o Alaska (Canadá) e o Quênia. O vereador traz também o histórico da discussão no país e da resistência enfrentada.

Sobre a realidade brasileira, Suplicy destacou o Bolsa Família, criado em 2004 pelo governo Lula, como uma junção de várias iniciativas e propostas de renda para a população mais pobre. E lembrou a cidade de Maricá, no Rio de Janeiro, onde cerca de 52 mil habitantes estão aptos a receber uma renda básica.

Tamires ainda contou que, em 2019, participou do Congresso da United Cities and Local Governments (Cidades e Governos Locais Unidos), organização internacional preocupada em representar e defender os interesses dos governos locais no cenário mundial. A diretora do Instituto Lula disse que em todos os painéis que acompanhou durante o evento estava presente o debate sobre a necessidade de construir um projeto de renda básica universal, lembrando que essa é uma luta internacional. 

Enquanto a discussão avança, resta aos brasileiros, que já sentem os efeitos da crise, pressionar para que a renda emergencial seja sancionada o mais rápido possível.

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