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PRÉ-SAL


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Governos Lula e Dilma e a Petrobras: riqueza do Brasil, nas mãos do povo brasileiro

Com Lula, a Petrobras deu um extraordinário salto tecnológico entre 2003 e 2010, o que a tornou capaz de um feito até então inédito: a extração de petróleo a 7 mil metros de profundidade, a 300 km da costa. Com Dilma, a produção do Pré-Sal atingiu a marca histórica de 1,1 milhão de barris diários¹, apenas dez anos após a descoberta de uma das maiores jazidas do planeta.

O mais importante: em vez de entregar a maior parte dessa riqueza do povo brasileiro a empresas estrangeiras, os governos do PT entre 2003 e 2016 optaram pelo modelo de partilha, garantindo a maior parte dos lucros para a União e subordinando a exploração do Pré-Sal ao projeto de desenvolvimento industrial e tecnológico do país, dinamizando várias cadeias produtivas. Em vez de comprar navios e plataformas no exterior, gerando emprego e renda lá fora, Lula e Dilma ressuscitaram a indústria naval brasileira, que chegou a empregar 82 mil trabalhadores em 2014².

Pré-Sal estimula indústria naval e gera emprego e renda | Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

Pré-Sal estimula indústria naval e gera emprego e renda | Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

Com Lula e Dilma a Petrobras valorizou-se e investiu como nunca em tecnologia, ampliando a capacidade produtiva e deixando um legado de possibilidades para o país nesse setor. Em que pese a destruição operada pelos governos após 2016, a retomada do crescimento tem caminho aberto.

¹ Dados estatísticos sobre a produção, processamento e comércio de petróleo e derivados. A análise dos dados do intervalo 2015-2016 também pode ser consultada no Boletim da Produção de Petróleo e Gás Natural número 72, elaborado pela Superintendência de Desenvolvimento e Produção da Agência Nacional de Petróleo , Gás Natural e Biocombustíveis, lançado em agosto de 2016
² Em 2022, com o governo Bolsonaro, passou a empregar apenas 21 mil, conforme dados referenciados no texto do PAC, no subtema "Emprego".

Petrobras líder em tecnologia e em reservas de petróleo

Em junho de 2014 o governo Dilma anunciou a contratação direta da Petrobras para produzir em quatro áreas do Pré-Sal. Juntas, as áreas de Búzios, Florim, entorno de Iara e nordeste de Tupi têm potencial estimado para produzir volumes entre 10 e 14 bilhões de barris de petróleo equivalente.

Apenas dez anos após sua descoberta, a produção do Pré-Sal ultrapassava a marca de 1 milhão de barris diários, contrariando os críticos que diziam que o Pré-sal era uma ficção eleitoreira, que a Petrobras e o governo federal haviam cometido um grave erro ao buscar um regime diferenciado para a exploração e produção dessa riqueza.

Descoberta do Pré-Sal

A descoberta de petróleo no Pré-Sal foi anunciada em 2006 pela Petrobras, a partir do primeiro óleo encontrado na área de Tupi, na bacia de Santos. A descoberta seria confirmada pela companhia no ano seguinte. Em 2008, foi produzido o primeiro óleo originário do Pré-Sal, extraído do campo de Jubarte, na bacia de Campos. Em 2009, seria a vez da Petrobras produzir os primeiros barris de petróleo de Tupi. Em 2015, a Petrobras ultrapassou a marca de 1 milhão de barris diários do Pré-Sal, e em 2023 chegou a 2,8 milhões³.

Aspas PALAVRA DO LULA

Petrobras, um feito extraordinário para o Brasil e o mundo. (Pronunciamento do presidente Lula em 7 de setembro de 2009.)

“A Petrobras de hoje é a cara deste novo Brasil. (...) A Petrobras chegou aí, entre outros motivos, porque este governo acreditou e investiu, dando condições para que ela aumentasse a produção, encomendasse plataformas, sondas, modernizasse e ampliasse refinarias, treinasse e contratasse funcionários. Além de construir uma grande infraestrutura de gás natural e entrar na área de biocombustíveis. O coroamento deste esforço foi exatamente a descoberta, pela própria Petrobras, das reservas do Pré-Sal. Um feito extraordinário, que encheu de admiração o mundo e de orgulho os brasileiros”.

Presidente Lula

Aspas PALAVRA Da Dilma

Tentativas de privatização deixaram marcas profundas, mas nós reerguemos a Petrobras

“A Petrobras resistiu bravamente às tentativas de desvirtuá-la, reduzi-la e privatizá-la. (...) as tentativas de sucateamento deixaram marcas profundas, mas temporárias (...). Ao contrário do passado, a Petrobras é a empresa que mais investe no Brasil (...) O lucro líquido da Petrobras também mudou de patamar: passou de R$ 8,1 bilhão para R$ 23,6 bilhões (...) Essas e outras conquistas provam que os nossos governos, o meu e o do presidente Lula, reergueram a Petrobras. (...) Foi assim que a empresa se transformou na empresa que mais investe em prospecção de petróleo no mundo".

Presidenta Dilma

³ Dados disponíveis nos Boletins da ANP de agosto de 2016 e de novembro de 2023, respectivamente.

Refinarias: Petrobras bateu recorde em refino em 2014

Após 12 anos de governos petistas, em 2014 a Petrobras atingia uma marca histórica: o processamento médio de 2,1 milhões de barris por dia⁴, crescimento de 29% em relação a 2002, último ano de governo tucano.

Essa expansão havia sido fruto dos investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) na modernização e ampliação das refinarias brasileiras. Os investimentos foram distribuídos em unidades de refino de vários estados, como Refinaria Presidente Vargas, no Paraná, Refap, no Rio Grande do Sul, Landulpho Alves-Mataripe, na Bahia, Clara Camarão, no Rio Grande do Norte e Refinaria de Manaus, no Amazonas.

Novo recorde de processamento em nossas refinarias

Modelo de partilha: lucro e soberania nacional

As reservas estimadas do Campo de Libra⁵ foram arrematadas por um consórcio, firmado em 2013, que reuniu algumas das principais petrolíferas do mundo: Petrobras, com 40% de participação, a anglo-holandesa Shell e a francesa Total, com 20% cada, e as chinesas CNPC e CNOOC, com 10% cada.

O modelo de exploração partilhada contava com a participação de empresas privadas, mas sem abrir mão da soberania nacional. O sistema de partilha buscava conjugar elementos econômicos, geopolíticos e sociais – e rejeitava o modelo privatista implementado em décadas anteriores. As empresas ganhadoras dos leilões passavam a ter o direito de explorar o Pré-Sal, mas, de acordo com o modelo adotado na gestão petista, a maior parte dos recursos ficava com a União.

Outro fundamento importante do modelo de partilha adotado então foi a garantia à Petrobras da prerrogativa de operação. Outras empresas poderiam associar-se a ela na exploração de determinados blocos, mas só a Petrobras faria a operação. À empresa ficava reservado um mínimo de 30% de cada bloco, podendo elevar essa participação no processo licitatório (no caso de Libra, por exemplo, foi elevada para 40%).

Pelos cálculos do governo federal à época, o Brasil (União, estados e municípios) ficaria com 75% de toda a riqueza gerada pelo campo de Libra. Se somarmos a participação da Petrobras nos 25% restantes, o Estado brasileiro e a Petrobras somavam 85%.⁶


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Petrobras e Tecnologia


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Petrobras e Tecnologia

Nos dois primeiros governos de Lula e no primeiro governo Dilma, o investimento da Petrobras mais que dobrou, saltando de 0,9% do PIB em 2002 para 2,1% em 2013. Mais investimento propiciou desenvolvimento de tecnologia, descobertas de grandes jazidas, como o Pré-Sal, e ampliação de empregos e recursos para educação e saúde⁷.

Como o Brasil construiu a tecnologia de exploração em águas profundas e ultra profundas

O desenvolvimento da tecnologia da produção de petróleo em águas profundas e ultra profundas foi conquistado gradativamente, ao longo dos anos, mas a reestruturação da empresa e a aceleração dos investimentos nos governos Lula e Dilma fizeram da Petrobras líder mundial na tecnologia de exploração submarina. Em 2005, a empresa chegou às águas ultra profundas e bateu o recorde brasileiro de profundidade de perfuração para a época: 6.915 metros abaixo da superfície do mar, na Bacia de Santos. Foi essa tecnologia que permitiu ao Brasil a conquista do Pré-Sal.

Perfil da Petrobras

A Petrobras atua como empresa de energia, nos seguintes setores: exploração e produção, refino, comercialização, transporte, petroquímica, distribuição de derivados, gás natural, energia elétrica, gás-química e biocombustíveis. Possui elevado valor de mercado e presença internacional. Em 2010, o processo de capitalização da companhia, com oferta de ações na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), foi o maior da história global até então, captando cerca de R$ 120 bilhões⁸.

Em 2013, os dados da empresa eram os seguintes:

Dados de 2013

Em abril de 2022, contava com 718.185 acionistas Pessoa Física, 5.931 Pessoa Jurídica e 2.949 investidores institucionais. Segundo o relatório da Administração da Petrobras 2022, em dez/2022 eram 45.149 empregados e 105.397 empregados de empresas prestadoras de serviços. As reservas provadas em dez/2022 eram de 10,5 bilhões de boe. Em 2022 eram 56 "Plataformas operadas em produção", 19 sondas flutuantes e 5.003 poços em produção⁹. A Companhia possuía 61 plataformas atividas no período, 39 e afretava 17 plataformas offshore, além de cinco unidades de estocagem e offloadin, além de 62 unidades hibernadas¹⁰, e uma frota de 110 navios¹¹. Investe também em biocombustíveis, e produz energia elétrica a partir de termelétricas, usinas eólicas e duas pequenas centrais hidrelétricas.

O Petróleo é nosso! O Pré-Sal é nosso!

O debate sobre as formas de exploração das jazidas de petróleo em território brasileiro foi um divisor de águas da política nas décadas de 1940 a 1960. De um lado, os nacionalistas defendiam que as reservas, recém confirmadas, fossem exploradas por empresas nacionais, com o objetivo de acelerar o desenvolvimento do Brasil. De outro, os pensadores da direita afirmavam que somente as empresas estrangeiras teriam condições de explorar nossas reservas.

A Constituição de 1946 representou esse impasse, ao não definir posição a respeito do tema, jogando-a para lei complementar. Dois anos depois, o então presidente Eurico Gaspar Dutra enviou ao Congresso Nacional projeto de lei permitindo a exploração do patrimônio brasileiro por empresas privadas e estrangeiras. Surge aí a campanha “O Petróleo é Nosso!”, capitaneada por intelectuais como o escritor Monteiro Lobato, que defendiam a tese do monopólio estatal.

A mobilização tomou as ruas e barrou o projeto de Dutra. Em 3 de outubro de 1953, Getúlio Vargas sancionou a Lei nº 2004, criando a Petrobras.

O debate renasceu com o Pré-Sal. Os governos Lula e Dilma implantaram o regime de partilha, garantindo que a exploração do Pré-Sal estivesse subordinada a um projeto de desenvolvimento industrial e tecnológico do país.

No período, a produção da Petrobras foi a que mais cresceu, comparada às maiores petrolíferas do mundo:

Fonte: Revista Forbes

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Desenvolvimento da indústria e do emprego


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Desenvolvimento fabricado no Brasil, pelo trabalhador brasileiro

A descoberta do Pré-Sal – e, com ela, o alto grau de nacionalização exigido nas encomendas da Petrobras (pelo menos 60%¹²) – provocou uma revolução não apenas na indústria petrolífera, mas também em outro setor de ponta da economia: a indústria naval.

Viagem inaugural do navio Dragão do Mar, com capacidade para transportar um milhão de barris de petróleo.

Viagem inaugural do navio Dragão do Mar, com capacidade para transportar um milhão de barris de petróleo.

Em 2011, entrou em operação o navio Celso Furtado¹³, construído no estaleiro Mauá (RJ). Rompeu-se, assim, um longo ciclo durante o qual nenhum dos navios adquiridos pela Petrobras havia sido produzido no Brasil – pelo simples fato de a indústria naval brasileira ter sido sucateada ao longo dos anos 90 e início dos anos 2000. Lula e Dilma apostaram na retomada. E o Brasil venceu mais uma vez.

Lula e Dilma multiplicaram por 26 o número de empregos na indústria naval

As demandas da Petrobras foram responsáveis pelo grande avanço da indústria naval e pelo desenvolvimento econômico de diferentes regiões do país. Com novo impulso, o setor, que em 2002 empregava apenas 3 mil trabalhadores, em 2014 chegou a empregar 82 mil. Em 2022 eram apenas 21 mil , conforme dados do Sinaval.

Mais navios, plataformas, sondas e barcos de apoio

O reaquecimento da indústria naval alavancou diversos outros segmentos da indústria, como os de máquinas, equipamentos pesados, caldeiraria, elétrica e automação. Conforme o 9º balanço do PAC em 2014, o Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef I e II) tinha 7 navios entregues, 12 em construção e 27 contratados, indicando crescimento expressivo no período¹⁴.

Investimento do Pac 2 na indústria naval brasileira: impacto positivo sobre 18 setores da economia

O aumento da produção de petróleo gerou impacto, no início dos anos 2010, em 18 setores das áreas de materiais e serviços – como tubulação, equipamentos náuticos, elétricos, mecânicos e submarinos, instalações e montagens industriais, construção, manutenção e reparo naval etc – ampliando o número de grandes, médias e microempresas associadas à cadeia produtiva e gerando empregos. O aumento da produção de petróleo atraiu também empresas britânicas, chinesas, estadunidenses, espanholas, holandesas e francesas, entre outras.

A Petrobras e as projeções para educação e saúde antes do golpe de 2016

“Um passaporte para o futuro”, definiu Lula. “Recursos de uma riqueza que acaba [o petróleo], para uma riqueza eterna [a educação]”, comemorou Dilma, então presidenta, quando sancionou a lei destinando 75% dos royalties à ampliação da qualidade do ensino, além de 25% à melhoria do atendimento à saúde.

Com as contratações sob o regime de partilha da produção das áreas de Libra e do excedente da cessão onerosa (Búzios, Entorno de Iara, Florin e Nordeste de Tupi), e considerando também as contratações anteriores sob o regime de concessão em áreas do Pré-sal, a estimativa do governo federal em 2014 era de que, nos 35 anos subsequentes seriam destinados à saúde e à educação recursos da ordem de R$ 1,3 trilhão, entre royalties, participações especiais e parcela do Fundo Social (valor complementar aos investimentos da União, dos estados e municípios nas duas áreas no período).

Além dos royalties para saúde e educação, a legislação proposta e sancionada por Lula e Dilma no período criou o Fundo Social do Pré-Sal. Parte dos recursos da exploração do Pré-Sal seria destinada a esse fundo soberano, cujos rendimentos serviriam para investimentos em programas e projetos de combate à pobreza e para o desenvolvimento das áreas sociais e posteriormente para outras áreas estratégicas, como Cultura, Esporte, Ciência e Tecnologia, Meio Ambiente e Mitigação e Adaptação às Mudanças Climáticas.

Em 2023, o Tribunal de Contas da União identificou que os objetivos de criação do fundo foram desvirtuados, o fundo está financeiramente esvaziado e não há estrutura para sua governança, evidenciando o desmonte ocorrido nos governos Temer e Bolsonaro no setor1.