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AGRONEGÓCIO


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Governos Lula e Dilma multiplicam por três a oferta de crédito em termos reais e o agronegócio bate recordes sucessivos

Com Lula e Dilma, o agronegócio brasileiro tornou-se um gigante mundial e fez do Brasil um dos maiores produtores e exportadores de alimentos do planeta. O volume de crédito para o setor aumentou de R$ 27,2 bilhões da safra 2003/2004, segundo o Plano Agrícola e Pecuário (PAP) daquela safra, a primeira do governo Lula, para os R$ 187,7¹ bilhões do PAP 2015/2016, o maior plano safra da história até aquele ano. Mesmo descontando a inflação, o aumento real no período foi de 249%, aumentando mais de três vezes a oferta de crédito.

Com mais recursos a cada ano, o agronegócio respondeu à altura: a produção de grãos² cresceu 116% em 13 anos, saltando de 96,8 milhões de toneladas (safra 2001/2002) para 208,6 milhões de toneladas (2014/2015), graças ao aumento da disponibilidade de recursos, redução das taxas de juros e melhoria nas condições de acesso ao crédito e ao seguro rural.

Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Universidade de São Paulo (CEPEA/USP/CNA), o Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio³, considerando o conjunto das cadeias produtivas, chegou a R$ 1,83 trilhão em 2015 (em valores de março de 2022, o equivalente a 20,0% do PIB brasileiro daquele ano). O PIB do agronegócio cresceu 3,6% em 2015, enquanto o PIB brasileiro caiu 3,8%.

Aliado com o forte apoio concedido ao agronegócio nos governos Lula e Dilma, as ações foram realizadas em conjunto com o fortalecimento da agricultura familiar e o respeito aos povos indígenas e às comunidades tradicionais.

Foi possível conciliar resultados espetaculares no aumento da produção e da produtividade agropecuária nacional e aumento da renda no campo, com a preservação ambiental e a redução da fome no país, permitindo a retirada do Brasil do mapa da fome.

As exportações do agronegócio⁴ alcançaram US$ 88,2 bilhões em 2015, representando 47% do valor das exportações brasileiras. Destaca-se que em 2013 este valor chegou a US$ 99,9 bilhões, mas representava 41,3% das exportações do país. Portanto, o peso do agronegócio na balança comercial tem sido cada vez mais significativo. Em 2015 o Brasil já era líder mundial em exportações de café, açúcar, suco de laranja, carne bovina, carne de frango e soja em grãos⁵.

A China ultrapassou a União Europeia e tornou-se o principal destino das exportações do agronegócio brasileiro. Em 2015, 25% dessas tinham como destino aquele país⁶, ano em que importou US$ 18,4 bilhões em produtos agropecuários brasileiros, crescimento de 19,5% em relação a 2012⁷.

Fonte Conab Fonte: Conab

¹ Presidenta Dilma anuncia R$ 187,7 bilhões para Plano Safra 2015-2016
¹Plano Agrícola e Pecuário 2003 - 2004
¹Plano Agrícola e Pecuário 2015 - 2016
²Dados da série histórica da Conab ³ PIB do Agronegócio Brasileiro
⁴ Dados das exportações do agronegócio no site do MAPA
⁵ INSTITUTO DE ENGENHARIA. Brasil: Alimentos para o mundo. s/d.
⁶ Estatísticas do comércio exterior brasileiro
Nesse caso foram consideradas as seções II - Produtos do reino vegetal (US$ 15,84 bilhões em 2015), IV - Produtos das indústrias alimentares; bebidas, líquidos alcoólicos e vinagres; Tabaco e seus sucedâneos manufaturados (US$ 1,18 bilhão), I - Animais vivos e produtos do reino animal (US$ 1,09 bilhão), III – Gorduras e óleos animais ou vegetais; Produtos da sua dissociação; Gorduras alimentares elaboradas; Ceras de origem animal ou vegetal (US$ 248 milhões).
⁷ Estatísticas do comércio exterior brasileiro
Considerando as mesmas seções da nota anterior, para o ano de 2012: II Produtos do reino vegetal (US$12.066.491.099,00); IV Produtos das indútrias alimentares; Bebidas, líquidos alcoólicos e vinagres; Tabaco e seus sucedâneos manufaturados (US$ 1.700.598.431,00); III Gorduras e óleos animais ou vegetais; Produtos da sua dossociação; Gorduras alimentares elaboradas; Ceras de origem animal ou vegetal (US$ 1.004.844.123,00) e I Animais vivos e produtos do reino animal (US$ 590.055.624,00).

Agricultura produz mais em espaço cada vez menor

Entre as safras 2001/2002 e 2014/2015, a produção brasileira de grãos cresceu 116%, enquanto a área cultivada aumentou apenas 44%, representando um aumento da produtividade de 50% graças à pesquisa agrícola e aos investimentos em tecnologia e inovação⁸. Na pecuária, os resultados também foram muito positivos: o setor cresceu no período a uma taxa de 5% ao ano. O Brasil possuía em 2015 o maior rebanho comercial bovino do mundo, com 209 milhões de cabeças⁹. Essa expansão foi obtida com avanços nas áreas de melhoramento genético, controle de doenças e melhoria da qualidade das pastagens.

Aspas PALAVRA DO LULA

Orgulho de defender o Brasil

“Todos nós hoje somos testemunhas de que o Brasil está dando certo. Está dando certo porque eu não tenho vergonha de chegar em qualquer país do mundo e defender o algodão brasileiro, defender a cana e o álcool brasileiro, defender a soja brasileira, defender o milho brasileiro, defender o empresário brasileiro. Não tenho nenhuma vergonha e muito menos demérito. Sinto orgulho de defender as coisas que este país faz.”

Presidente Lula

Aspas PALAVRA Da Dilma

Se gastar mais, tem mais

“Quando nós chegamos no governo, em 2003, lembro que a política agrícola tinha limitações fortes. Primeiro da disponibilidade de crédito, e a segunda no nível de juros. A gente esquece as coisas, mas sabe quanto era o total de recursos de crédito para agricultura na safra de 2002/2003? O que foi realizado, vou falar, foram R$ 27 bilhões. Hoje, R$ 27 bilhões mostra que não era compatível com as necessidades da agricultura desse país. Nesta safra (2013/14), nós nos comprometemos com R$ 136 bilhões. E dissemos o seguinte: se gastar mais, tem mais.”

Presidenta Dilma

⁸ Dados da série histórica da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab)
Em termos absolutos, entre 2001/2 e 2014/15, a área plantada, em mil hectares, foi de 40.235,0 para 57.914,7; a produtividade, em kg/há, foi de 2.407 para 3.602 e a produção, em mil toneladas, foi de 96.799,0 para 208.635,8.
⁹ Informações sobre a pecuária da EMBRAPA. Gado de Corte, Nota Técnica. 2017.

Incentivo à produção nacional


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Expansão do agronegócio brasileiro ajudou a suprir aumento da demanda mundial de alimentos

Estudos da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) e da Agência das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) já apontavam em 2013 um forte crescimento da demanda mundial de alimentos.

Aumento da demanda mundial de alimentos. O Brasil se preparou investindo no aumento da produção | Foto: Divulgação/Portal Brasil (2015)

Aumento da demanda mundial de alimentos. O Brasil se preparou investindo no aumento da produção. | Foto: Divulgação/Portal Brasil (2015)

O Brasil é um dos principais países capazes de expandir a produção e a exportação, de modo a atender a maior parte desse aumento. Para cumprir tal desafio, os governos de Lula e Dilma investiram muito, e com responsabilidade, no agronegócio brasileiro.

Crédito para custeio e investimento rural

Durante os governos Lula e Dilma, foram ampliados significativamente os recursos para os programas de investimentos administrados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com destaque para o Programa de Modernização da Frota de Tratores Agrícolas e Implementos Associados e Colheitadeiras (Moderfrota), Programa de Modernização da Agricultura e Conservação dos Recursos Naturais (Moderagro) e o Programa de Financiamento à Agricultura Irrigada e ao Cultivo Protegido (Proirriga), além de criação, em 2013, do Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica na Produção Agropecuária (Inovagro).

As dívidas do setor rural, contraídas até 2007, especialmente as anteriores ao ano de 2005, que vinham dificultando a retomada de investimentos no campo, foram renegociadas e reperfiladas por vários anos a partir da MP 432/2008¹⁰, convertida na Lei 11.775/2008¹¹, com redução dos custos e bônus de adimplência para liquidação.

O apoio e o fortalecimento das cooperativas agropecuárias também foi uma prioridade desses governos. Os recursos do Programa de Desenvolvimento Cooperativo para Agregação de Valor à Produção Agropecuária (Prodecoop), e do Programa de capitalização de cooperativas agropecuárias (Procap-Agro) foram ampliados, tanto em termos de recursos disponibilizados como em atividades financiadas, permitindo a recuperação econômica de várias cooperativas, além do seu fortalecimento e expansão produtiva e agroindustrial. As operações de crédito do BNDES¹² nos dois programas registraram média anual de R$ 3,6 bilhões entre 2009 e 2015 em valores atualizados para 2021. Já entre 2019 e 2021, no governo Bolsonaro, esse valor caiu 81%, passando a R$ 679 milhões.

Além de ampliar o volume de recursos disponíveis, as taxas de juros nos financiamentos rurais de investimento também foram reduzidas nos governos Lula e Dilma.

A Lei Complementar nº 130/2009¹³, que dispõe sobre o Sistema Nacional de Crédito Cooperativo, aprovada com apoio do governo federal, deu mais segurança jurídica para a atuação do Banco Central na regulação deste setor. Isso permitiu a ampliação dos produtos e serviços fornecidos pelas cooperativas de crédito. Atualmente os três maiores sistemas de cooperativas de crédito do país – Sicredi, Sicoob e Cresol¹⁴, tem um papel de destaque entre as instituições financeiras operadoras do crédito rural.

Para atender os médios produtores rurais, que ficavam perdidos entre os beneficiários do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e os grandes produtores, o governo Lula criou em 2010 o Pronamp – Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor. No governo Dilma, o Pronamp foi ampliado e priorizado nos Planos Safra.

Entre 2003 e 2006, este grupo integrante da classe média rural acessou em média R$ 1,1 bilhão anuais em crédito rural, em valores corrigidos para 2021. Na safra 2014/2015, o volume anual programado para o Pronamp já chegava a R$ 16,7 bilhões, acima de 20 bilhões em valores atualizados, demonstrando sua importância estratégica na produção agropecuária nacional.

O custeio para a produção agropecuária também foi uma prioridade dos governos Lula e Dilma. Foram ampliados o volume de recursos disponibilizados com taxas de juros controladas, seja elevando o percentual dos depósitos à vista destinados ao crédito rural, seja aumentando o volume de recursos da poupança rural e livres com taxas de juros equalizadas pelo Tesouro Nacional.

Além disso, a sanção da Lei nº 11.076/2004¹⁵, ampliou as modalidades de títulos privados destinados ao financiamento rural. Entre estes novos títulos, destaca-se a Letra de Crédito do Agronegócio (LCA)¹⁶, que em meados da década passada já era responsável por mais de R$ 100 bilhões em recursos destinados ao financiamento agropecuário.

Apoio à comercialização

Diferente da situação dos últimos anos, quando os preços das commodities estão elevados, tanto no mercado interno como internacional, em várias safras no período de 2003 a 2015 os preços praticados de diversos produtos estiveram abaixo do preço mínimo, com destaque para o milho, arroz, feijão, algodão, cana, café, leite, uva, laranja, entre outros. Por isso, a atuação do governo federal no apoio à comercialização da produção foi fundamental para evitar uma queda ainda maior da renda do produtor rural.

Entre as ações de estímulo ao agronegócio brasileiro e apoio à comercialização estavam a definição, pelo Governo Federal, dos preços mínimos e de referência em operações de compra, equalização de preços ou de financiamento para os principais produtos agropecuários.

A Aquisição pelo Governo Federal (AGF)¹⁷ e os Contratos Privados de Opção de Venda¹⁸ foram importantes instrumentos de política agrícola que permitiram garantir o preço mínimo a muitos produtores rurais e suas cooperativas, por meio da compra governamental de vários produtos em todo o país. Essas compras governamentais passavam a compor o estoque público e foram fundamentais quando da elevação dos preços de mercado, permitindo a atuação do governo também no sentido do abastecimento alimentar.

As linhas de crédito de comercialização disponibilizadas diretamente para os produtores e cooperativas, ou indiretamente, via o financiamento ao cerealistas e agroindústrias – desde que garantissem a aquisição da produção de agricultores por preço não inferior ao preço mínimo –, foram fundamentais para a estabilização da renda no campo.

Os governos Lula e Dilma também atuaram na garantia de preços aos produtores rurais por meio do apoio à comercialização privada. Para isso, utilizaram os subsídios dos Prêmios para Escoamento de Produto (PEP), do Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural (PEPRO) e dos Contratos Privados de Opção de Venda.

Ainda no apoio à comercialização da safra agrícola, foram realizados diversos investimentos públicos e privados na melhoria de estradas, rodovias, ferrovias e portos, facilitando e barateando os custos logísticos para exportação.

O Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA), criado em 2013, permitiu a construção, ampliação e modernização da rede privada de armazéns. Esse financiamento foi destinado a produtores rurais, cooperativas, cerealistas e tradings que atuam no país. Com uma maior rede de armazéns, menor tende a ser a perda da produção colhida. Entre 2014 e 2016, o BNDES concedeu financiamentos da ordem de R$ 1,9 bilhão para construção e ampliação de armazéns, uma média anual de R$ 635 milhões em valores corrigidos para 2021. Entre 2019 e 2021 a média anual foi de R$ 331 milhões, uma redução de 48%¹⁹.

Apoio à pecuária


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Apoio à pecuária

A pecuária bovina é um dos mais importantes setores do agronegócio brasileiro e da economia nacional. O Brasil possui o maior rebanho comercial do mundo, é o maior exportador de carne bovina²⁰ e um dos maiores produtores de leite²¹. Porém, para aproveitar o cenário de oportunidades, com a expansão do mercado interno e da demanda externa, é fundamental que o país consiga superar os desafios que envolvem o aumento da produtividade, a garantia de sustentabilidade ambiental e do bem estar animal, e a qualidade e segurança dos produtos finais.

O Brasil possui o maior rebanho comercial do mundo, é o maior exportador de carne bovina e o terceiro maior produtor de leite. | Foto: Divulgação/Portal Brasil

O Brasil possui o maior rebanho comercial do mundo, é o maior exportador de carne bovina e o terceiro maior produtor de leite. | Foto: Divulgação/Portal Brasil

Ciente desses desafios, e com o objetivo de aumentar de forma sustentável a produtividade e a competitividade do setor, o governo Dilma lançou no início de 2014 o Plano Mais Pecuária. A previsão de duração do Plano era de dez anos, a ser executado na forma de dois programas: Mais Leite e Mais Carne. Cada programa foi organizado em quatro eixos estruturantes:

  • Melhoramento Genético
  • Ampliação de Mercado
  • Incorporação de Tecnologia
  • Segurança e Qualidade dos Produtos

A meta do Mais Leite era aumentar a produção e produtividade em 40%. O Mais Carne apresentou o desafio de aumentar a produção em 40% e a produtividade em 100%, sem a necessidade de expansão da fronteira agrícola – ou seja, sem desmatamento. De acordo com o programa, a taxa de lotação passaria dos atuais 1,3 para 2,6 bovinos/ha, liberando cerca de 46,2 milhões de hectares para outras atividades²².

Cadeia produtiva da carne movimentou R$ 167,5 bilhões com a geração de 7 milhões de empregos

O Brasil apresentou ótimo desempenho na pecuária de corte em meados dos anos 2010. Em 2015, o valor bruto da produção de carne foi de R$ 104,3 bilhões²³, atrás apenas da produção de soja. A cadeia produtiva da carne movimentava cerca de R$ 167,5 bilhões por ano, gerando aproximadamente 7 milhões de empregos²⁴. As exportações estavam crescendo a cada ano, e para um número cada vez maior de mercados. Em 2015, o Brasil exportou para mais de 140 países. Esse avanço foi possível devido às conquistas obtidas com a defesa agropecuária, como a zona livre de febre aftosa em Santa Catarina.

Pecuária leiteira aqueceu economia de pequenas e médias cidades do interior

A pecuária leiteira brasileira apresentou, em 2015, valor bruto de produção de R$ 40,1 bilhões²⁵, contribuindo para movimentar sobretudo a economia das pequenas e médias cidades brasileiras. De acordo com o censo agropecuário de 2017²⁶(IBGE), existiam no Brasil 5,1 milhões de estabelecimentos rurais, dos quais 23% (1,2 milhão) produziam leite, empregando mais de 4 milhões de pessoas.

Incentivo à pesquisa e à inovação


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O Governo Dilma criou uma agência nacional para democratizar a assistência técnica e estimular a inovação no campo – A ANATER²⁷

Uma produção agropecuária de excelência necessita de investimentos em pesquisa e novas tecnologias. Se o objetivo é aprimorar os resultados com impacto cada vez menor sobre o meio ambiente, essa necessidade torna-se maior ainda. Foi pensando nisso, e com a meta de consolidar a posição do Brasil no topo do comércio internacional do agronegócio, que a presidenta Dilma criou em 2014 a Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater).

Biotecnologia é uma das áreas de pesquisa da Embrapa, cujo orçamento saltou de R$ 780 milhões, em 2003, para R$ 3,0 bilhões²⁸ em 2015, um aumento de 95% acima da inflação Foto: Divulgação/Embrapa

Biotecnologia é uma das áreas de pesquisa da Embrapa, cujo orçamento saltou de R$ 780 milhões, em 2003, para R$ 3,0 bilhões²⁸ em 2015, um aumento de 95% acima da inflação | Foto: Divulgação/Embrapa

O órgão tem como objetivo difundir as novas tecnologias para pequenos e médios produtores rurais, atuando em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), cujo trabalho é focado na criação de tecnologia e inovação de processos e produtos.

No Plano Agrícola e Pecuário de 2014/2015 foi criado o Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica na Produção Agropecuária (Inovagro), uma linha de crédito com juros subsidiados. Os produtores rurais podiam captar até R$ 1 milhão de crédito. O leque de itens financiáveis incluía desde serviços de consultoria até a compra de máquinas e equipamentos voltados à prática da inovação e à adoção de novas tecnologias. O Inovagro produzia um círculo virtuoso: criava um incentivo para ampliar a tecnologia das propriedades, o que aumentava a competitividade e praticamente pagava o novo investimento.

A conquista do cerrado pelo agronegócio, graças à Embrapa

Houve um tempo em que o cerrado era irrelevante para o agronegócio nacional. Servia “só pra fazer distância”, como dizia o povo. O cenário começou a mudar a partir da década de 1970 e, hoje, o cerrado responde por uma parcela importante da produção do país, graças a tecnologias para correção da acidez do solo e adaptação de plantas oriundas de outros biomas à região.

A revolução do cerrado é uma das maiores conquistas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Nos governos Lula e Dilma, o orçamento da estatal saltou de R$ 2,1 bilhões, em 2003, para R$ 4,10 bilhões²⁹, em 2015, em valores corrigidos para 2021 pelo IPCA/IBGE³⁰. Na área de cooperação internacional, a Empresa atuava diretamente em 22 nações africanas, além de manter programas em países latino-americanos, caribenhos e no Timor Leste. Foram firmados, ainda, 78 acordos bilaterais com 56 países e 89 instituições estrangeiras para o desenvolvimento de pesquisas em tecnologias de ponta.

Agroenergia, clonagem, sequenciamento de genoma, plantas resistentes a pragas...

A Embrapa acrescentou ainda, em seu portifólio de inovações, pesquisas na área de agroenergia, como o etanol de 2ª geração (a partir do bagaço e da palha da cana), tecnologias voltadas para a reestruturação de atividades agropecuárias em períodos de estiagem e desenvolvimento de variedades de plantas com resistência genética a pragas.

Entre os feitos mais notáveis da estatal estão a clonagem da bezerra Vitória, primeiro clone bovino da América Latina, em 2001, o desenvolvimento do feijão resistente ao vírus do mosaico dourado, em 2011, e o sequenciamento do genoma do café, em 2014.

Produção sustentável


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Brasil assumiu compromisso histórico de redução da emissão de gases de efeito estufa

Com Lula e Dilma, o respeito ao meio ambiente entrou em definitivo na agenda produtiva do agronegócio brasileiro. Uma das principais ações do governo Lula na área foi o Plano Setorial de Mitigação e de Adaptação às Mudanças Climáticas para a Consolidação de uma Economia de Baixa Emissão de Carbono na Agricultura (Plano ABC)³¹.

Integração Lavoura-Pecuária-Floresta é parte da estratégia do governo brasileiro para a redução das emissões de gases de efeito estufa. Foto: Divulgação/Embrapa

Integração Lavoura-Pecuária-Floresta é parte da estratégia do governo brasileiro para a redução das emissões de gases de efeito estufa. | Foto: Divulgação/Embrapa

Criado em 2010, a partir do compromisso voluntário assumido pelo Brasil na Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, o Plano ABC tinha como prioridades a recuperação de áreas e pastagens degradadas, o plantio de florestas comerciais, o sistema de integração lavoura-pecuária-floresta e o tratamento de dejetos.

No Plano Safra 2014/2015 foram previstos recursos de R$ 4,5 bilhões para financiamento de ações como preservação e recomposição de áreas de preservação permanente e de reserva legal, implantação de sistemas orgânicos de produção agropecuária e redução de desmatamento mediante a ampliação das atividades agropecuárias e agroflorestais em áreas degradadas ou em processo de recuperação³².

A expectativa do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento em 2014 era de aumentar a área de florestas plantadas de 6 milhões para 9 milhões de hectares até 2020³³, reduzindo a emissão de 8 milhões a 10 milhões de toneladas de CO2 equivalentes.

Integração Lavoura-Pecuária-Floresta conjuga produtividade e sustentabilidade

Uma das maiores economias do planeta e líder no agronegócio global, o Brasil vinha assumindo cada vez mais o compromisso de atender à crescente demanda de alimentos, no país e no mundo. Mas não basta produzir mais – é preciso produzir com sustentabilidade. Por conta disso, a pesquisa agropecuária brasileira, liderada pela Embrapa, investiu no desenvolvimento de sistemas não apenas eficientes, mas também mais sustentáveis do ponto de vista econômico, social e ambiental.

Um dos destaques foi a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta, parte da estratégia do governo brasileiro para a redução das emissões de gases de efeito estufa pela agricultura. O Brasil começou a avançar também em pesquisas sobre tecnologias prestadoras de serviços ambientais e ecossistêmicos, como sequestro de carbono pelo solo e pelas plantas, e melhoria da qualidade da água.

Aspas PALAVRA Da Dilma

Crescer protegendo o meio ambiente

“Nosso país tem dado passos significativos na construção de um padrão de desenvolvimento sustentável. É possível um país crescer. É possível que esse país que cresce distribua renda e inclua. E é possível que esse país que cresce, distribui renda e inclui, seja um país que conserva e protege o meio ambiente."

Presidenta Dilma