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Casas devem dar dignidade, diz Lula em evento do MTST


Casas devem dar dignidade, diz Lula em evento do MTST

Foto: Ricardo Stuckert

Por lula.com.br

No dia em que se comemora o 13º aniversário do Minha Casa Minha Vida, o ex-presidente Lula, que lançou o programa habitacional mais ousado da história do Brasil, em seu segundo mandato, ressaltou a importância do acesso à moradia para famílias de baixa renda, com unidades que deem condições de viver com dignidade.

“As casas feitas devem dar dignidade para as pessoas viverem. É preciso respeitar o ser humano independentemente da origem social”, disse em visita aos condomínios Pinheirinho Novo e Santos Dias, construídos pelo Movimento dos Trabalhadores sem Teto (MTST), em Santo André (SP), com recursos do Minha Casa Minha Vida.

Lula elogiou o trabalho do MTST, que projetou unidades de 54 metros quadrados com varanda e lazer para 901 famílias, e disse que o movimento, com a autogestão, possivelmente, tem condições de fazer casas melhores e mais baratas do que as empresas faziam.

O ex-presidente contou que, entre 2009 e 2016, quando a ex-presidenta Dilma Rousseff deixou o governo, após o golpe do impeachment, foram contratadas 4,2 milhões de unidades do Minha Casa Minha Vida, das quais 2,7 milhões entregues nas gestões dele e dela.

Até dezembro de 2010, último mês do segundo mandato de Lula, um milhão de unidades tinham sido contratadas. Segundo ele, nos governos do PT, o MCMV beneficiou dez milhões de família em 96% dos municípios brasileiros. Metade das unidades atendeu famílias com renda de até R$ 1,8 mil. Entre as famílias de baixa renda, 46% eram beneficiárias do bolsa família, mais da metade não tinha o ensino fundamental completo e a renda familiar era de até R$ 600 reais.

Além disso, o Minha Casa Minha Vida alavancou montante de R$ 300 bilhões em investimentos e gerou 1,2 milhão de empregos diretos e 500 mil indiretos. Segundo o ex-presidente, 49% dos recursos investidos retornaram aos cofres públicos. “Embora os números sejam gigantescos para a tradição do Brasil, que nunca foi de fazer muita casa para o povo, a gente, tanto o meu governo quanto o da Dilma, não conseguiu fazer tudo o que poderia ser feito”, disse ressaltando a necessidade de continuidade do programa para atender a um universo de quase cinco milhões de pessoas que ainda não têm casa.

Acompanhado do ex-ministro Fernando Haddad e do coordenador do MTST, Guilherme Boulos, Lula lembrou de fase da vida em que morou numa casa de 33 metros quadrados, com dona Marisa Letícia, três filhos, a sogra e uma cachorra. “Eu morei mais de dez anos na casa de 33 metros quadrados e eu já andava com a canela roxa de tanto bater porque, se abria a geladeira, não cabia eu e a Marisa dentro. Abria a porta do guarda-roupa, batia no espelho da cama. Eu sei que é duro morar (…) Eles acham que os pobres sempre aceitam o resto. Mas nós não queremos o osso, queremos nossos direitos”.

Haddad disse que o PT colocou na agenda do país o óbvio que é o acesso a educação, trabalho, terra, comida e moradia, lamentou o retrocesso com o atual governo e defendeu a necessidade de reconstrução do Brasil. “Enquanto tiver um brasileiro sem teto, com fome e sem educação estaremos nas ruas na luta pelos direitos sociais desse país”.

Guilherme Boulos lembrou o MTST completa 25 anos em 2022. Segundo ele, o condomínio construído pelo movimento é exemplo do que é a potência do movimento social e a potência do povo organizado. Ele defendeu a volta do PT ao poder para que novas moradias sejam construídas. “Esperamos, a partir do ano que vem, que a gente possa também fazer com que outras pessoas tenham a mesma alegria de quem recebeu casa no Pinheirinho”.

Outras declarações de Lula durante o evento:

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