Veja as respostas para as dúvidas mais frequentes a respeito da origem, das atividades, do financiamento e de quem integra o instituto
12/06/2015 14:06
Atualizada em 02/09/2022
Dúvidas frequentes
O que é o Instituto Lula?
O Instituto Lula é uma instituição sem fins lucrativos que tem entre suas funções as atividades de guarda, preservação e exposição ao público de peças que integram o acervo presidencial do ex-presidente Lula; a elaboração e o compartilhamento de políticas públicas e privadas destinadas à erradicação da extrema pobreza e da fome; a cooperação internacional com países da África e da América Latina; e a promoção de estudos, palestras e seminários sobre desenvolvimento com sustentabilidade ambiental.
Para que foi criado o Instituto Lula?
Quando terminou seu mandato como presidente, em 2011, Lula decidiu compartilhar experiências acumuladas ao longo de anos de vida pública. Após deixar o cargo, reuniu-se com colaboradores e amigos e decidiram criar o Instituto Lula, no mesmo local onde, na década de 90, funcionou o Instituto Cidadania, responsável pela formulação de várias políticas públicas postas em prática durante seu governo, como o Fome Zero. No Brasil, como em outros países, é comum que ex-mandatários criem instituições responsáveis por apoiar suas atividades, organizar e preservar seus acervos documentais e históricos, além de promover debates sobre os temas mais caros a cada um. Assim fizeram, por exemplo, nos Estados Unidos, Bill Clinton, Jimmy Carter e George W. Bush; na África do Sul, Nelson Mandela; no Reino Unido, Gordon Brown e Tony Blair; no México, Centro Lázaro Cárdenas y Amalia Solórzano; no Chile, Ricardo Lagos; no Brasil, Fernando Henrique Cardoso e José Sarney, entre outros.
Como ele nasceu?
A partir da observação e do estudo de experiências brasileiras e internacionais de instituições criadas por ex-presidentes e ex-primeiros-ministros. O atual diretor do Instituto, Paulo Okamotto, visitou diversas organizações – como a Fundação Nelson Mandela, em Joanesburgo – para entender como funcionavam e adotar asmelhores práticas na formatação do Instituto Lula. O novo Instituto nasceu com um legado de mais de uma década do Instituto Cidadania. Para saber mais sobre a história do Instituto Lula:http://www.institutolula.org/historia
O que ele faz?
É um espaço de interação e diálogo para aqueles que compartilham os ideais de Lula: a luta pela justiça social, o combate à fome, à pobreza e a todas as formas de desigualdade; o fortalecimento da democracia; o respeito aos direitos humanos; a construção da paz mundial. Para colocar em prática sua visão, o Instituto promove e participa de atividades nos mais diferentes formatos: encontros com chefes e ex-chefes de Estado e de Governo, ministros, representações diplomáticas, seminários, debates, fóruns e grandes eventos. Por exemplo, o seminário realizado em conjunto com a União Africana, o Nepad (a agência de desenvolvimento da África) e a FAO, em Adis Abeba, que contou a participação de sete chefes de Estado e de Governo, 400 autoridades, representantes de organismos multilaterais e estudiosos que definiu um programa de ações visando a erradicação da fome em África até 2025, proposta referendada depois, em janeiro de 2015, pela Conferência da União Africana. Outro grande evento promovido pelo Instituto Lula teve a América Latina como tema. Em parceria com a Comissão Econômica para a América Latina (CEPAL-ONU), o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Banco de Desenvolvimento Latino-americano (CAF), foi realizado em 2013 o Seminário “Desenvolvimento e Integração da América Latina”, em Santiago, Chile, com a presença do ex-presidente chileno Ricardo Lagos e a de 120 lideranças politicas, sociais e intelectuais de 10 países da região. Foi debatida uma agenda concreta para o desenvolvimento e a integração regional nas áreas econômica, física, energética e social da América Latina. O Instituto Lula também publicou o site “O Brasil da Mudança”, que reúne informações sobre a concepção e os resultados de diversas políticas públicas executadas a partir de 2003. O Instituto também é responsável, em parceria com a Fundação Perseu Abramo, pela organização, curadoria, publicação e gestão do museu multimídia Memorial da Democracia. Além disso, o Instituto também é responsável por dar todo o apoio necessário para as diversas atividades em que o ex-presidente Lula participa, como homenagens, entrevistas, viagens nacionais e internacionais. Para isso, conta com equipes que cuidam da agenda de Lula, de sua assessoria de imprensa e sua comunicação digital, de suas correspondênciase da logística de suas viagens.
De onde vem o financiamento do IL?
Tal como acontece com todas as entidades desse tipo no Brasil e no mundo, o Instituto Lula financia suas atividades por meio de doações espontâneas de empresas privadas e pessoas físicas. Também realiza eventos e atividades em parceria com órgãos multilaterais e outras fundações e institutos internacionais. Como qualquer entidade privada, o Instituto declara suas movimentações à Receita Federal e cumpre todas suas obrigações tributárias. O Instituto Lula não recebe qualquer tipo de verba pública.
Por que o Instituto Lula tem tanta ligação com a África?
Ao longo de seus mandatos como presidente, Lula imprimiu um novo tom à política externa brasileira, dando prioridade à diversificação de parceiros internacionais e à construção de relações diplomáticas com países que, até então, eram considerados pouco importantes. Os países africanos passaram a ocupar um espaço importante na agenda brasileira. A nova política externa brasileira compreendeu que nossas relações com os países africanos passavam também pela cooperação para o desenvolvimento, com o compartilhamento de políticas públicas exitosas e o incentivo ao investimento brasileiro em países africanos. Ao longo de seu governo, Lula fez 33 viagens à África – visitando 26 países diferentes, inaugurou 19 representações diplomáticas e tomou iniciativas simbólicas fundamentais para a construção de um novo marco histórico em nossas relações com os países africanos. O Brasil é hoje o quinto país do mundo em número de embaixadas na África, com um total de 37. Ao terminar seu mandato, Lula acreditava que como ex-presidente poderia contribuir para que as relações entre o Brasil e os países africanos se fortalecessem ainda mais. Pelo Instituto Lula, fez 12 viagens no interior do continente, visitando nove países.Assim, decidiu estabelecer a Iniciativa África, hoje coordenada pelo diretor do Instituto Lula, Celso Marcondes, diretor do Instituto. Conheça mais sobre a concepção e as atividades da Iniciativa África:http://www.institutolula.org/africa)
E com a América Latina e Caribe?
Durante o governo Lula, a integração latino-americana foi eleita como objetivo estratégico da política externa brasileira. Ao longo de seus oito anos como presidente, Lula fez 114 viagens aos países da região. A prioridade dada às relações com estes países e às organizações regionais de nosso continente – como o Mercosul, Unasul e a Celac – permitiram avançar significativamente no processo de integração comercial, política e cultural da América Latina. Como ex-presidente, Lula decidiu manter-se engajado na construção da integração latino-americana em diversas áreas: econômica, física, energética, social e cultural. Para isso, criou a Iniciativa América Latina, hoje coordenada pelo ex-ministro e atual diretor do instituto Luiz Dulci. O Instituto Lula participa e organiza diversos eventos para debater estratégias de integração do continente com governantes, importantes intelectuais, organismos multilaterais, representantes do movimento sindical, movimentos populares e do setor produtivo. Em 2015, foi realizado o colóquio “A integração das cadeias produtivas na América do Sul”, em São Paulo, organizado em parceria com a Unasul e que teve a presença de Ernesto Samper, secretário-geral da entidade e ex-presidente da Colômbia. O “Colóquio Chile-Brasil”, em 2014, reuniu estudiosos, líderes políticos e representantes sindicais e sociais em São Paulo e foi promovido em parceria com a Embaixada chilena, Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso-Chile) e a Universidade Federal de Integração Latino-Americana (Unila). O seminário “Desenvolvimento e Integração da América Latina” (2013), foi promovido pela Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal), pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), pelo Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF) e pelo Instituto Lula e reuniu 10 países da região para debater integração econômica, física, energética e social da América Latina. Desde a criação do Instituto, esse é um tema de trabalho permanente e diversos outros encontros e debates são realizados com frequência. Saiba mais sobre a concepção e as atividades dessa iniciativa:http://www.institutolula.org/america-latina
O dono do instituto é o Lula?
Não. O ex-presidente Lula ocupa o cargo de presidente de honra do Instituto, que tem cinco diretores: Marcio Pochmann (presidente), Paulo Okamotto, Tamires Sampaio, Juvandia Moreira Leite e Moisés Selerges. Além disso, o Instituto possui um conselho composto de 58 personalidades de diversas áreas, que contribuem para avaliar e estabelecer as diretrizes de sua atuação. O Instituto possui também uma ampla rede de colaboradores, que têm sido convidados a contribuir nos debates temáticos promovidos ao longo dos últimos anos.
O PT é o dono do Instituto Lula?
Não, o Instituto Lula não é uma organização partidária e mantém relações com lideranças políticas, empresariais, sindicais e populares filiadas ou não a partidos.
Quantos colaboradores tem o Instituto Lula?
O Instituto funciona com trabalho voluntário e a equipe fixa de funcionários não chega a 10 pessoas.
As sedes são em quais locais?
Ele possui uma única sede, no bairro do Ipiranga, em São Paulo, onde também funcionava o antigo Instituto Cidadania, dirigido pelo ex-presidente.
Quais foram os principais eventos realizados pelo Instituto?
O Instituto participou, como promotor ou incentivador, de mais de 100 eventos públicos no Brasil e em outros países: conferências, seminários, encontros, reuniões de trabalho, entre outras atividades, sempre com foco em África, América Latina e combate à fome. Entre muitos outros, o IL organizou os seguintes eventos: em 2011 promoveu com a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) uma reunião com empresários brasileiros para tratar de investimentos nos países da África; em 2012, organizou o "Fórum para o Progresso Social" em Paris, em conjunto com a Fundação Jean Jaurès, com a presença de intelectuais de todo o mundo, do presidente francês François Hollande e da presidenta Dilma Rousseff. Em 2013, organizou o seminário “Desenvolvimento e Integração da América Latina”, no Chile, feito em parceria com a Cepal (Comissão Econômica para América Latina e Caribe), o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) e o CAF Banco de Desenvolvimento da América Latina), e o "Fórum pela erradicação da fome na África até 2025", realizado em Adis Adeba em junho de 2013, organizado pelo IL em parceria com a União Africana, a FAO e o Nepad (agência de desenvolvimento da África). Em 2015, prosseguiu com a série de seminários "Conversas sobre África". Veja mais em http://www.institutolula.org/damos-atencao-a-africa-porque-a-africa-mora-aqui-diz-celso-amorim
Por que não fico sabendo das coisas que o Instituto Lula faz?
Para saber das atividades do Instituto Lula, visite sempre o nosso site, onde postamos notícias, vídeos, áudios e fotos dos eventos realizados pelo Instituto e das atividades que contam com a participação do ex-presidente. Você também pode encontrar conteúdos sobre as atividades de Lula em sua página no Facebook, e no Twitter do Instituto, todos de acesso público e aberto. Além disso, informamos diariamente as atividades do ex-presidente para imprensa, blogs, veículos de entidades das organizações civis. O Instituto Lula mantém uma equipe para atender as solicitações da imprensa nacional e estrangeira.
O ex-presidente Lula cobra para dar palestras e participar de atividades?
A grande maioria das atividades do ex-presidente Lula é organizada por instituições sindicais, populares, órgãos de imprensa e por outras organizações da sociedade civil. Nestes casos, Lula participa gratuitamente. Além dessas atividades, como ex-presidente, Lula recebe convites de diversas empresas e organizações privadas para proferir palestras. Sua participação, nesses casos, inclui o pagamento de honorários. Para receber esses convites e organizar sua participação em palestras, o ex-presidente criou a LILS Palestras e Eventos, empresa que cumpre com todas as suas obrigações legais.