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Gabrielli: Com Lava Jato, Petrobras virou empresa pequena

Para o encontro de abertura, convidamos José Sergio Gabrielli, ex-presidente da Petrobras


Gabrielli: Com Lava Jato, Petrobras virou empresa pequena

O ex-presidente da Petrobras José Sergio Gabrielli abriu o ciclo de debates sobre os impactos da Lava Jato na economia e sociedade. O professor e economista mostrou com gráficos e dados comparativos como uma conjuntura internacional desfavorável e um boicote interno atingiram a Petrobras justamente no período em que a empresa teve seus maiores lucros históricos. O aparecimento da Lava Jato como fenômeno midiático – e o apoio da mídia para acobertar ilegalidades da operação – pintou a Petrobras como uma empresa quebrada, quando todos os números apontavam na direção contrária. 

A criação de um imaginário negativo, no entanto, foi fundamental para colocar fim ao projeto de desenvolvimento da Petrobras e de incentivo à tecnologia nacional. Com a desmoralização da empresa, ficou mais fácil desmontá-la e privatizá-la em partes, como está sendo feito agora. "A Petrobras hoje é uma empresa pequena em comparação com o que ela era há 10 anos, e focada apenas na exploração de óleo cru do Pré-Sal. Mesmo com mudança de governo, sou muito pessimista com relação ao futuro. Não acredito que seja possível retomar o projeto de uma Petrobras forte e capaz de impulsionar o desenvolvimento brasileiro, como há uma década".


Estão encerradasas inscrições para o ciclo de debates formativos Lava Jato: crime, devastação econômica e perseguição política

Com abertura em 1º de junho, os encontros virtuais acontecerão sempre às 17h das terças-feiras. Para o encontro de abertura, convidamos José Sergio Gabrielli, ex-presidente da Petrobras. 

Acompanhe a transmissão ao vivo, às 17h, pelo YouTubee pelo Facebookdo Instituto Lula. O vídeo será anexado também a esta página assim que o evento começar. 

Este clico é um mergulho nos efeitos que a Lava Jato causou na economia, no emprego e na sociedade. Na contramão do que aconteceu em outros grandes escândalos de corrupção mundial, o método da Operação destruiu empresas e, muitas vezes, premiou corruptos confessos. Articulada com interesses de outros países e com apoio de boa parte da imprensa, a Lava Jato ajudou a criar o clima necessário para o golpe parlamentar que derrubou Dilma Rousseff e reverteu um projeto político de desenvolvimento e diminuição das desigualdades.

A pedido da CUT (Central Única dos Trabalhadores), o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) mergulhou durante mais de um ano em contratos e dados oficiais para calcular o prejuízo que os métodos da Lava Jato causaram ao país. Os resultados serão apresentados em nove encontros.

 Confira abaixo a programação e FAÇA SUA INSCRIÇÃO!

Cronograma do curso:

1º de junho: Apresentação geral - José Sergio Gabrielli, economista, ex-presidente da Petrobras

8 de junho: Sistema político - Fábio Kerche e Talita Tanscheit, cientistas políticos

15 de junho: Lawfare e Poder Judiciário, Gisele Citadino, jurista

22 de junho - Democracia e Lava Jato, Paulo Moreira Leite, jornalista

29 de junho: Capitalismo e corrupção - William Nozaki, cientista político

6 de julho: Impactos econômicos intersetoriais - Sergio Nobre, presidente da CUT, e Fausto Augusto Jr, coordenador-técnico do Dieese

13 de julho: Implicações macroeconômicas - Luiz Fernando de Paula, economista, e Rafael Moura, cientista político

20 de julho: Impactos nas relações internacionais - Carol Proner, jurista

27 de julho: Lava Jato, violência e sociedade - Gabriel Rocha Gaspar, escritor, e Fernando Sarti, historiador

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