Neste ano o Instituto Lula entra em sua quarta década de vida. Para renovar o compromisso com um país mais justo e reforçar sua vocação para o debate qualificado de projetos e caminhos para o país, o instituto lança agora o Grupo de Acompanhamento de Temas Estratégicos (Gate). O Gate é composto por uma equipe multidisciplinar de pesquisadores com o desafio de acompanhar e sistematizar a realidade estruturante de longo prazo, além da conjuntura.
Grupos temáticos
Para um acompanhamento preciso e detalhado, os pesquisadores estão divididos em cinco eixos de trabalho:
• Eixo Estado híbrido
Um grupo de pesquisadores está dedicado a mapear as estratégias e os atores sociais relevantes no processo de reação ao êxito das gestões petistas. Esse processo nos levou a um estado que não pode ser chamado de exceção, mas sim a um estado híbrido, no qual a democracia formal convive com iniciativas autoritárias e excepcionais.
• Eixo estrutura produtiva
Para pensar nas tendências de longo prazo para um país é imprescindível não apenas acompanhar a dinâmica de sua estrutura produtiva, mas principalmente identificar os vetores de transformação que lhe dão movimento. Especialmente em um momento como o atual, em que o capitalismo se depara com o desafio da transição ecológica e de profundas transformações tecnológicas.
• Eixo soberania e geopolítica
A mudança na política internacional foi uma das mais radicais alterações promovidas a partir do governo Temer. Enquanto assiste à ascensão da Eurásia, o Brasil vira-se novamente de costas para a América Latina e oferece um alinhamento automático aos Estados Unidos. Como ficará o xadrez e que efeitos essa nova configuração terão para o país?
• Eixo mundo do trabalho
A organização sindical foi fundamental para a redemocratização e resistiu a décadas de pressões neoliberais. No entanto, o desafio agora é outro. Como adequar-se às mudanças no mundo do trabalho que moveu-se para terceirização, desindustrialização e informalidade?
• Eixo política social
A reboque das mudanças profundas no mundo do trabalho veio o ataque conservador às políticas sociais exitosas dos anos 2000. Qual o fôlego e os atores por trás desses movimentos, mesmo num cenário pós-pandemia?
Conheça o grupo de pesquisadores do Gate:
1. ESTRUTURA PRODUTIVA E TRANSIÇÃO ECOLÓGICA
- Beatrice Fontebelle-Weber (economista, doutoranda em Economia pelo Insper)
- Emílio Chernavsky (economista, doutor em Economia pela USP, assessor do PT na Câmara Federal)
- Marcelo Manzano (economista, doutor em Desenvolvimento Econômico pela Unicamp, pesquisador do CESIT e coordenador da Maestria FPA/Flacso)
- Matias Cardomingo (economista, mestre em economia pela USP, presidente do Diretório Zonal do PT Pinheiros)
2. POLÍTICAS SOCIAIS:
- Ana Luiza Matos de Oliveira (economista, doutora em Desenvolvimento Econômico pela Unicamp, professora da Flacso/Brasil)
- Ana Paula Guidolin (economista, mestranda em Teoria Econômica pela Unicamp)
- Jorge Abrahão de Castro (estatístico, doutor em Economia/Unicamp, ex-diretor do IPEA)
3. MUNDO DO TRABALHO
- Bárbara Vallejos Vazquez (socióloga, doutoranda em Desenvolvimento Econômico pela Unicamp, técnica e professora do Dieese, assessora da Contraf/CUT);
- Regina Camargos (economista, doutora em Ciência Política, especialista em Relações de Trabalho e ex-técnica do Dieese na Contraf/CUT)
- Flavia Vinha Santos (economista, técnica do IBGE, presidente do Corecon-RJ)
- Pietro Borsari (economista, doutorando do Instituto de Economia pela Unicamp, pesquisador do CESIT/Unicamp)
4. SOBERANIA NACIONAL E GEOPOLÍTICA INTERNACIONAL
- Adhemar Mineiro (economista, doutorando do PPGCTIA/UFRRJ, assessor da REBRIP e membro da Coordenação da ABED-RJ, e do Grupo de Reflexão sobre Relações Internacionais/GR-RI).
- Luís Fernando Vitagliano (cientista político, Doutor em Ciência Política /Unicamp, professor universitário)
- Luciana Ballestrin: Cientista Social e Mestre em Ciência Política (UFRGS), Doutora em Ciência Política (UFMG) e Professora da UFPel
- Maria José Haro Sly Doutoranda em Sociologia na Johns Hopkins University. Mestre em Ciência Política na Universidade de Renmin (China) e Mestre em RIs na UFSC.
5. ESTADO HÍBRIDO E ATORES SOCIAIS
- Francisco César Pinto da Fonseca (cientista social, mestre em Ciência Política pela Unicamp, doutor em História Social pela USP, professor de Ciência Política na FGV/Eaesp e PUC-SP)
- Greiner T. M. Costa (engenheiro, doutor em Política Científica e Tecnológica pela Unicamp)
- Helga Almeida (cientista política, doutora em Ciência Política pela UFMG e professora da Universidade Federal do Vale do São Francisco)
- Rosemary Segurado (cientista política, doutora em Ciências sociais pela PUCSP, professora do PEPG de Ciências Sociais da PUC e coordenadora do Curso Mídia, Política e Sociedade da FESP-SP, editora da Revista Aurora, da PUC-SP)
6. REDES URBANAS
- Nilce Aravecchia-Botas (arquiteta, Urbanista, professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP)
- Raul da Silva Ventura Neto (arquiteto, urbanista, doutor em Desenvolvimento Econômico e professor da Universidade Federal do Pará)
- Bruno Lima (arquiteto, Urbanista, Doutorando do MDU/UFPE, professor da Universidade Federal de Pernambuco)
7. CULTURA NA ERA DIGITAL
- Rafael Mattoso (professor e historiador, mestre em História e doutorando pela UFRJ, colunista da Veja Rio e da rádio Roquette Pinto, organizador do livro "Diálogos Suburbanos: identidades e lugares na construção da cidade")
- Claudio Luis de Camargo Penteado (doutor em Ciências Sociais pela PUC-SP, professor associado da UFABC e pesquisador do Projeto Observatório de Conflitos na Internet, Laboratório de Tecnologias Livres, do Núcleo de Estudos em Arte, Mídia e Política e do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologias em Democracia Digital)
- Leandro Saraiva (roteirista e professor do Curso de Imagem e Som da UFSCAR, colaborador e conselheiro do Vídeo nas Aldeias)