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Lula é prova: a fila do INSS não deveria mais existir


Lula é prova: a fila do INSS não deveria mais existir

“É possível obter o benefício em menos tempo que a meia hora prometida pelo governo, desde que os papéis estejam em ordem. [...] para se aposentar sem burocracia, o INSS permite agora que o trabalhador acompanhe, pela internet, cada passo da sua vida dentro do plano de previdência pública. Atualmente, qualquer um pode ir à agência da Previdência Social, com hora marcada, e conseguir uma senha e o cadastro da sua vida pela internet.”

“[...] dois meses após a promulgação da reforma da Previdência, o governo planeja um esforço concentrado para destravar 1,2 milhão de pedidos de benefícios e desenvolver um novo sistema do INSS para análise dos pedidos de aposentadoria. O simulador de benefício do portal Meu INSS está fora do ar. Com isso, o trabalhador não consegue descobrir, de forma automatizada e pelo canal oficial, quando poderá se aposentar.”

Dez anos separam os dois trechos de matérias a respeito da fila do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). 

A primeira, publicada no Estado de Minas em 2010, traz os resultados dos esforços empreendidos pelo governo Lula no sentido de zerar a fila do INSS. 

Dentre as medidas que tornaram esse sonho possível, destacam-se a criação do Canal 135; a organização dos requerimentos, com agendamento eletrônico; a inauguração de mais de 400 novas agências; a ampliação do horário de atendimento; o combate às fraudes e a realização de concursos para a contratação de servidores.

A fila que agora o governo diz querer zerar não deveria nem existir. 

As mais de 1 milhão de pessoas na espera são fruto das medidas do próprio governo Bolsonaro, que fecha agências do INSS; reduz o horário e limita o atendimento a meios eletrônicos; abandona por completo todo um sistema de acompanhamento; extingue cargos e anuncia ainda a privatização do Dataprev, empresa pública de tecnologia da informação responsável direta pelo sucesso da gestão do INSS.

Como destacam Carlos Gabas e Luiz Marinho, “a volta das filas do INSS dá o tom de um governo que exclui e negligencia aqueles que dele mais precisam”. O artigo dos ex-ministros da Previdência Social foi publicado nesta sexta-feira (10) no jornal Folha de S.Paulo.

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