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Lula ganha prêmio e dedica à coragem do povo brasileiro


Lula ganha prêmio e dedica à coragem do povo brasileiro

Foto: Ricardo Stuckert

Por lula.com.br

O ex-presidente Luiz Inácio da Lula da Silva recebeu nesta quarta-feira (17), em Paris, o Prêmio da Coragem Política, entregue pelo comitê editorial da revista francesa Politique Internationale, referência no campo da diplomacia e das relações internacionais. Lula é a quarta personalidade do mundo a ser homenageada pela revista, que entregou o prêmio anteriormente apenas para o Papa João Paulo II e para os ex-presidentes da África do Sul, Frederik De Klerk, que faleceu recentemente, e do Egito, Anouar al-Sadat, ambos premiados também com o Nobel da Paz.

O Prêmio de Coragem Política foi entregue a Lula pelos fundadores da Politique Internationale, Patrick e Catherine Wajsman. Ao recebê-lo, Lula lembrou que grandes líderes passaram pelas páginas da revista desde 1978, quando foi criada. Patrick, diretor da revista, também já manteve diálogos com os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e José Sarney, que lhe concedeu a Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul. 

“Para mim, é uma grande honra receber o Prêmio da Coragem Política da Revista Politique Internationale. Estou profundamente grato por me conferir uma distinção tão prestigiosa”, agradeceu Lula

Em seu discurso, Lula disse que mais do que um reconhecimento pessoal, o Prêmio da Coragem Política é uma homenagem à coragem do povo brasileiro, “que ao longo de décadas e séculos enfrentou com grande determinação a opressão, a injustiça social e os ataques a seus direitos democráticos”.

Nos últimos anos, destacou Lula, os brasileiros estão resistindo “com coragem e ousadia aos efeitos das políticas de destruição de um governo de extrema direita, que não tem nenhum apreço pelo povo, pela vida e pelo Brasil, cuja política internacional envergonha a imensa maioria dos brasileiros”, afirmou Lula.

O ex-presidente destacou que, apesar de o Brasil ter saído do Mapa da Fome da ONU nos governos do PT, a situação no país atualmente é trágica, com milhões de pessoas sem ter o que comer. Lula também lembrou as mais de 610 mil vidas perdidas com a Covid-19, muitas delas que poderiam ter sido evitadas, “se Bolsonaro tivesse levado a sério a ameaça da pandemia”.

“As escolhas econômicas do atual governo são desastrosas, em especial para os trabalhadores e os mais pobres, e o meio ambiente e os direitos humanos estão sob perigo”, disse o ex-presidente.  Apesar dos desafios, Lula falou com otimismo do futuro. “Quero dizer a vocês que o Brasil vai se recuperar, vai se reconstruir, vai se reencontrar. O Brasil tem jeito,porque o melhor do país é o povo brasileiro.” 

O ex-presidente lembrou que já mostrou que é possível ter um governo que dê orgulho ao Brasil e contribua para um mundo melhor. “É por isso que eu estou muito feliz de poder estar com vocês hoje, para debater ideias, conversar sobre o futuro do Brasil, da nossa relação com a França, e sobre o futuro do nosso planeta”, discursou.

Segundo o ex-presidente, para recuperar o país, o próximo governo terá que voltar a cuidar do povo com carinho, mas também deve olhar para o mundo, e resgatar o prestígio do Brasil no exterior, em particular com os parceiros estratégicos.

Parceiro estratégico

A França, segundo Lula, é um desses parceiros que merece atenção especial. O ex-presidente lembrou em seu discurso a relação construtiva que manteve com os líderes franceses durante seus mandatos, o que permitiu desenvolver projetos em diversos temas, como o combate à fome e à pobreza, a ciência e tecnologia, a defesa e o comércio internacional.

A credibilidade econômica adquirida pelo Brasil durante os governos Lula, que obteve o “investment grade” das agencias de risco em 2008, resultou na ampliação dos investimentos no país, inclusive por parte da França.

“Graças a estes avanços e graças às políticas sociais que abriram oportunidades para os mais pobres, a roda da economia voltou a girar, e mais de 30 milhões de brasileiros saíram da pobreza, ampliando de maneira significativa a classe média”, explicou o ex-presidente.

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