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[Evento adiado] Mulheres negras debatem mundo do trabalho

No Julho das Pretas, dia 27, Núcleo de Processos Formativos do Instituto Lula promove live com alunas do curso Economia do Cuidado


[Evento adiado] Mulheres negras debatem mundo do trabalho

Divulgação

Informamos que o evento Mulheres Negras – Trabalho em Movimento precisou ser adiado. Uma nova data para realização da live será anunciada em breve.

No Julho das Pretas, o Núcleo de Processos Formativos do Instituto Lula promove live com alunas do curso Economia do Cuidado

Os trágicos níveis de desemprego no Brasil têm reflexos ainda mais cruéis entre as mulheres negras. No mês Julho das Pretas, o Núcleo de Processos Formativos do Instituto Lula promoverá um debate sobre esse quadro e formas de alterar essa realidade de injustiça social. A live Mulheres Negras – Trabalho em Movimento contará com a participação de quatro alunas do projeto Umojar: Mulheres em Formação (veja abaixo).

Entre fevereiro e maio de 2022, a bancária Isis Garcia, a trabalhadora ambulante Valdina Silva, a multiartista Isabel Miranda, e a assistente social Nani Oliveira participaram do curso “Economia do Cuidado: Ação Política e Futuros Possíveis”. Com outras participantes, elas desenvolveram mais de 100 Planos de Ação e Projetos de Vida. Nessa live, as quatro alunas falarão sobre:

  • Mulheres Plurais: mudando o modelo de relações sociais que criminaliza nossas diferenças no mundo do trabalho
  • Mulheres de Mãos Dadas em busca de parceria
  • Pé de Abacate - terra, afeto e sustento - Tecnologias do Futuro
  • Identidade profissional no mundo do trabalho

Perverso quadro social

A taxa de 13% de desempregados que assola o Brasil em 2022 pode persistir até 2026, segundo a Fundação Getúlio Vargas. E no caso das mulheres negras, essa taxa era o dobro da dos homens brancos, em 2021. Entre elas também estão as maiores taxas de desocupação, subocupação e subutilização. Embora componham o maior percentual da população em idade ativa, chegam a ficar sem trabalho por mais de dois anos, sobrevivendo com menos de um salário-mínimo.

Elas sofrem, ainda, com o aprofundamento da precarização do trabalho, sob efeito da pejotização/uberização. A profunda crise de emprego jogou essas mulheres negras, por necessidade, no sistema MEI. Se à primeira vista ser uma Microempreendedora Individual significa uma alternativa de geração de renda para a sobrevivência, a situação se converte depois em precarização e endividamento tributário.

O Julho das Pretas

Julho é um mês especial para as mulheres negras da América Latina e do Caribe. Em 1992, durante o I Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-caribenhas, em Santo Domingo (República Dominicana), o 25 de julho foi pactuado como o Dia Internacional da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha. Em 2014, a data foi sancionada no Brasil pela presidenta Dilma Rousseff, como o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra.

Desde 2002, este mês é conhecido como o Julho das Pretas, articulado por diversas Organizações da Sociedade Civil (OSCs) que promovem atividades de debate sobre o quadro da experiência social das mulheres negras. O objetivo é estimular reflexões e criar recomendações para o enfrentamento das desigualdades que impactam as vidas das mulheres negras na saúde, na educação, na cultura, no mundo do trabalho, no direitos reprodutivos, na moradia. O debate promovido pelo Núcleo de Processos Formativos do Instituto Lula faz parte desse processo.

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