25/04/2020 11:04
A FGV prevê que o desemprego no Brasil deve chegar aos 18% , aliado a uma profunda recessão e uma recuperação incerta. Em São Paulo, a situação é pior ainda. As previsões apontam para 23% de desemprego. Em alguns bairros, o índice de afetados passará dos 60%.
No mundo todo, governos estão sendo convocados para entrar em campo e socorrer a economia. Nos Estados Unidos, a administração federal deve colocar 10 trilhões de dólares na economia (mais de cinco vezes o PIB brasileiro). Desempregados receberão, além do seguro-desemprego, um auxílio de US$ 600 por semana (mais de R$ 3.300 por semana em valores de 25/4).
O Brasil aprovou um auxílio emergencial de R$ 600 por mês, podendo chegar a R$ 1.200 por família. No entanto, com a cesta básica passando dos R$ 500, o gás de cozinha variando entre R$ 70 e R$ 115 dependendo da região sobra pouco para as outras contas da casa: aluguel, alimentação, vestuário, água e luz entre outras. As pessoas que vivem em comunidades são justamente as mais pressionadas para sair de casa: entregadores, diaristas, prestadores de serviços. Será que os R$ 600 reais bastam para que essas pessoas fiquem em casa com segurança? E quando tudo isso passar, elas terão o emprego de volta? E as pequenas empresas, que empregam mais de 54% dos formais no Brasil, que proteção elas recebem?
O Instituto Lula, que tem em sua história três décadas de elaboração e discussão de políticas públicas fez uma transmissão ao vivo nesta segunda-feira para debater esses temas. Participaram Tereza Campelo, economista e ex-ministra do desenvolvimento social, e Claudinho Silva, líder comunitário e membro do Comitê Popular de Enfrentamento ao Covid-19. Também estará presente a advogada e diretora do Instituto Lula, Tamires Sampaio.
Assista à conversa completa no vídeo fixado no alto desta página ou ouça a conversa na Rádio Lula, o podcast do Instituto Lula.
Instituto Lula · O projeto que pode salvar a economia: Tereza Campello e líder comunitário Claudinho Silva