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Cúpula dos Brics reúne representantes de 35 países

A criação dos Brics aconteceu em 2009, durante o segundo governo Lula; entenda a importância dos Brics para a política externa brasileira


Cúpula dos Brics reúne representantes de 35 países

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, Senhora Janja, durante chegada a Joanesburgo - África do Sul. Fotografia: Ricardo Stuckert 

O Presidente Lula desembarcou nesta segunda-feira (21) em Joanesburgo, África do Sul, para participar da 15º Cúpula dos Brics, que acontece entre 22 e 24 de agosto, com a participação de representantes de 35 países. O grupo é formado por cinco grandes economias de países em desenvolvimento - Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Na comitiva, estão a primeira-dama, Janja da Silva, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e da Igualdade Racial, Anielle Franco, além do assessor especial da Presidência da República para assuntos Internacionais, Celso Amorim. 

Neste ano, o encontro terá como tema “Brics e África: Parceria para Crescimento Mútuo Acelerado, Desenvolvimento Sustentável e Multilateralismo Inclusivo”. Um dos assuntos da Cúpula deve ser a criação de uma moeda comum para o comércio entre os dois continentes e a inclusão de outros países no grupo. Mais de 20 nações já demonstraram interesse em fazer parte, como Egito, Irã, Argentina e Venezuela.



Estreitamento das relações com a África


Além da 15º Cúpula do BRICS, na África do Sul, a comitiva brasileira ainda visitará Angola e participará da Cúpula da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), em São Tomé e Príncipe.

Nos dias 25 e 26, Lula irá para a capital de Angola, Luanda, onde será recebido pelo presidente João Lourenço, com quem terá uma reunião privada e outra ampliada no primeiro dia da visita. A cooperação bilateral e o reforço das ligações históricas serão os principais temas da visita de Lula a Angola.

Lula também vai se dirigir à Assembleia Nacional de Angola e participar de um seminário, onde irá falar sobre projeto no vale do Cunene, e de um evento empresarial que deverá ter a presença de cerca de 60 empresários brasileiros. Além disso, estão previstas as assinaturas de atos e memorandos nas áreas de agricultura, processamento de dados, saúde e educação.

CPLP


No domingo (27), o presidente Lula irá a São Tomé, capital de São Tomé e Príncipe, para participar da 14ª Conferência de Chefes de Estado da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), entidade que tem como membros Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.

Leia mais sobre a criação dos Brics:


BRICS, a reação dos emergentes


Grupo de países se uniu e criou o Banco dos BRICs para ser alternativa ao FMI e ao Banco Mundial


A criação dos BRICS, conjunto de cinco países emergentes (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), conquistou influência na economia mundial. Em 2006, esses países se uniram para formar uma comunidade, que se encontrou formalmente pela primeira vez em 2009. A África do Sul aderiu ao grupo em 2011.

As previsões eram ousadas: o grupo alcançaria a metade do peso das seis economias mais fortes (Estados Unidos, Reino Unido, França, Alemanha, Itália e Japão) em 2025. Em 2017, oito anos antes do esperado, os BRICS alcançaram metade do peso dos países do G-6. Em 2020, de acordo com os dados do Banco Mundial, o bloco mantinha um PIB equivalente a 56% do G-6 e 24% do PIB mundial. Além disso, em termos populacionais, os BRICS representavam, em 2020, cerca de 41% da população global.

Em 2014, o Brasil foi um dos fundadores do Banco dos Brics, um banco de desenvolvimento criado para ser uma alternativa ao FMI e ao Banco Mundial.

Presidentes do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul durante a sexta cúpula do BRICS, em Fortaleza. | Foto: Roberto Stuckert


Clique aqui para conhecer o legado de Lula e Dilma para a política externa brasileira.





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