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Brasil Sorridente completa 21 anos

Em 2024, programa teve investimento de R$ 4,3 bilhões para atenção à saúde bucal gratuita em todo o País


Brasil Sorridente completa 21 anos

Lula simula atendimento odontológico, durante lançamento do programa Brasil Sorridente na cidade de Caruaru. Foto: Ricardo Stuckert

Criado em 2004, no primeiro governo Lula, o programa revolucionou a saúde bucal no país, garantindo atendimento odontológico gratuito para milhões de brasileiros. Nesse período, 20% da população já tinha perdido todos os dentes. O resultado foi a criação de um estigma: o sorriso desdentado como símbolo da miséria, da falta de cuidados e da ausência do Poder Público.


Em 2016, 83 milhões de brasileiros passaram a ter um bom motivo para sorrir. O programa Brasil Sorridente, que investiu R$ 13,5 bilhões (em valores de 2021) nos primeiros doze anos de existência (2004 - 2015), reformulou completamente a Atenção Básica em saúde bucal e, até 2016, contou com mais de 24 mil equipes de saúde bucal trabalhando na Estratégia Saúde da Família de 5.030 municípios.


Para os casos mais complexos ou para restaurar o sorriso dos milhões de brasileiros que tiveram seus dentes arrancados – principalmente os mais idosos – foram criados 1.033 Centros de Especialidades Odontológicas (CEO). Além disso, de 2004 a 2015, foram disponibilizadas mais de 3 milhões de próteses dentárias. Elas foram entregues gratuitamente a pessoas que tiveram suas bocas mutiladas no passado.


Graças ao programa, o Brasil passou a fazer parte, em 2010, do grupo de países com baixa incidência de cárie dentária, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). E mais: com as ações de prevenção, tratamento básico, atendimentos especializados, cirurgias, tratamentos de canal e reabilitação em saúde bucal do Brasil Sorridente, cerca de 400 mil dentes a menos foram extraídos por ano!



Apesar do sucesso, o programa foi sucateado após o golpe de 2016. Falta de financiamento, perda de priorização e reduções em implantações de Centro de Especialidades Odontológicas, laboratórios de Prótese, equipes de Saúde da Família, cobertura da fluoretação de água do abastecimento público foram algumas das razões que interferiram no alcance do programa.


Em junho de 2019, Bolsonaro vetou a lei que garantia assistência odontológica para pacientes internados em hospitais. Em junho de 2020, exonerou a cirurgiã dentista que coordenava a saúde bucal desde junho de 2019 (a coordenação ficou vazia nos primeiros 5 meses de governo). Em seu lugar foi nomeado um especialista em eventos, exonerado um mês depois diante da repercussão.


Ao assumir em 2023, o governo Lula retomou o Programa. Clique aqui para saber mais sobre a retomada do Brasil Sorridente


Saiba mais sobre o legado dos governos de Lula e Dilma para a Saúde no Brasil, acesso o Brasil da Mudança


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