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Não haverá paz social enquanto prosseguir essa política de desmonte da indústria nacional

Pedro Celestino, presidente do Clube de Engenharia, avisa: não é possível manter a paz social no Brasil com essa política de desindustrialização


Não haverá paz social enquanto prosseguir essa política de desmonte da indústria nacional

Nesta nova edição do programa Encontros Instituto Lula conversamos com Pedro Celestino, presidente do Clube de Engenharia, que completou 140 anos no mês passado. Celestino, que preside uma associação independente e defensora da engenharia e da indústria nacionais comenta o anúncio de que a Ford deixa o Brasil, depois de uma história de mais de 100 anos no país. Celestino aponta que a montadora norte-americana já vinha enfrentando dificuldades de acompanhar a concorrência, mas não são apenas os problemas internos que levaram a essa decisão. A Ford decidiu manter suas fábricas em outros países do continente, inclusive na Argentina.

Pedro Celestino fala sobre a política deliberada de desindustrialização que está em curso no Brasil. Sem poupar responsáveis, ele aponta falhas que começaram com a indicação de Joaquim Levy como ministro da Fazenda no início do segundo mandato de Dilma, mas que foram aprofundadas e aceleradas após do golpe de 2016.

"Esse movimento de saída da Ford do mercado brasileiro não é um movimento isolado. Ele é fruto do desmonte de uma política industrial que nos colocou entre as maiores economias do mundo. Um desmonte para que voltemos a ser meros produtores de matérias primas e de produtos agrícolas. Isso aí não garante a paz social no Brasil, porque não é possível assegurar a paz social em um país sem que se dê a seu povo a perspectiva de dias melhores, sem que se assegure empregos e empregos de qualidade".

Assista à entrevista na íntegra:

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