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Samper: Brasil viveu um golpe não-militar


Samper: Brasil viveu um golpe não-militar

Celso Amorim, Luiz Dulci e Ernesto Samper. Imagem: Reprodução

Do Lula.com.br 

O ex-presidente colombiano e ex-secretário geral da Unasul (União das Nações Sul-americanas), Ernesto Samper, participou do seminário “Para onde vai a América Latina”, organizado pelo Instituto Lula, nesta quarta-feira (22/08), em São Paulo. Celso Amorim, ex-ministro das Relações Exteriores de Lula, também participou do debate mediado por Luiz Dulci. O evento contou com o apoio da Fundação Perseu Abramo (FPA) e do Comitê Internacional Lula Livre.

Durante o debate, Samper relembrou o importante papel dos programas de distribuição de renda criados pelo ex-presidente Lula no combate à desigualdade social na região. “Nós somos a região mais desigual do mundo e temos que enfrentar esse desafio. Programas como o Bolsa Família fizeram com que a região tirasse 180 milhões de pessoas da pobreza”, assegurou. O ex-presidente da Colômbia se disse preocupado com os recentes dados apresentados pela CEPAL (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe) que mostram que a pobreza tem voltado a crescer na região. O ex-presidente colombiano denunciou o golpe de 2016 no Brasil: “O que aconteceu no Brasil foi praticamente um golpe de estado não-militar”.

Ao lembrar da visita feita ao Papa Francisco, que tratou da prisão política do ex-presidente Lula, o ex-chanceler Celso Amorim disse que foi importante mostrar ao pontífice argentino que “a questão do Lula, a questão da democracia no Brasil não é só uma questão brasileira. É uma questão da América Latina”. Amorim afirmou que “não há dúvida de que há uma grande ofensiva norte-americana por parte dos EUA na região” e que essa ofensiva está diretamente ligada aos golpes de nova modalidade que se deram em países da região.

O ex-ministro classificou como “ditadura dos meios de comunicação com o judiciário” o modelo de golpe aplicado no Brasil, justificado pela sede de poder da Globo, que “não pode chamar mais os militares, então chama o judiciário”.

Veja como foi o debate na íntegra:

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