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Front-D debate tecnologia racista

Monitoramento feito por câmeras de vigilância agrava a conformação de cidades desiguais. Instituto Lula debate problemas e soluções para contribuir com melhoria da segurança pública


Front-D debate tecnologia racista

Divulgação

Monitoramento feito por câmeras de vigilância agrava a conformação de cidades desiguais. Instituto Lula debate problemas e soluções para contribuir com melhoria da segurança pública

O projeto de pesquisa e estudo Fronteira Digital, o front-D, do Instituto Lula, realizou nesta terça-feira (7) uma mesa redonda para debater o boletim online “Monitorando a cidade inteligente: câmeras de vigilância, monitoramento e racismo tecnológico”. O vídeo com a mesa redonda será exibido no canal do YouTube do Instituto Lula.

A mediação foi feita pela pesquisadora Aline Miglioli.  Para debater esse tema tão caro à sociedade brasileira, o Instituto Lula recebeu a advogada, consultora, professora e pesquisadora em Direito e Tecnologia Bianca Kremer, e o cientista social Pablo Nunes.

Assista ao vídeo no player abaixo: 



Do que se trata a mesa redonda?

Os problemas de segurança pública, notadamente nos grandes centros urbanos, se agravam cada vez mais à medida que aumenta a desigualdade social. O monitoramento feito cada vez mais por meio de câmeras de vigilância embute um viés racista que não pode ser tolerado por nenhuma sociedade que se pretenda justa e democrática.

“Neste bate-papo conversamos sobre a tecnologia de monitoramento, seu viés racista, seus problemas pra segurança pública e para a conformação de cidades desiguais e debatemos alternativas”, diz Miglioli.

Leia o boletim na íntegra, abaixo: 


Sobre os participantes

A mediadora Aline Miglioli é formada em Ciências Econômicas pela Unicamp, fez seu mestrado em Economia estudando sobre a aplicação do Programa Minha Casa Minha Vida. Atualmente, Aline é doutoranda em Desenvolvimento Urbano e Regional (CEDE/IE - Unicamp), estudando as transformações no mercado imobiliário cubano. Faz pesquisas na área de planejamento urbano, cooperativas, turismo, mercado imobiliário e políticas habitacionais.

Bianca Kremer é professora e pesquisadora. Se dedica ao campo da Teoria do Direito Privado, pensamento afrodiaspórico e decolonialidade. Como advogada e consultora jurídica, atua na área de regulação e novas tecnologias, com enfoque em Direito Civil, Direito Digital, Privacidade e Proteção de Dados, e Propriedade Intelectual.

Já o cientista social Pablo Nunes é doutor em Ciência Política pelo IERJ/UFRJ, coordenador adjunto do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania e coordenador do projeto O Panóptico. Pesquisa desde 2018 a adoção de tecnologias de reconhecimento facial pelas polícias brasileiras.

Sobre o front-D

O projeto do Instituto Lula chamado "Novas e velhas desigualdades na era digital no Brasil da terceira década do século 21" conta com o núcleo de pesquisa front-D, dedicado ao mapeamento da fronteira digital, ou seja, o grupo investiga como a tecnologia impacta o cotidiano das pessoas na cidade, na cultura, na saúde, na economia, nas dinâmicas de trabalho e na organização política. O front-D produziu uma série de boletins online apresentando os resultados das pesquisas.

O núcleo publica dois boletins para cada um dos seguintes temas
1. Políticas de cuidado
2. Vida nas cidades
3. Cultura na era digital
4. Pequenos agricultores e plataformas digitais
5. Nova cartografia digital
6. Financeirização e tecnologias digitais no ensino superior

Nos links abaixo, leia e baixe todos os boletins publicados pelo front-D.

Parte 1

1 - O cuidado na agenda política, o cuidado em disputa

2 - Cidades Inteligentes: soluções e desafios para cidades menos desiguais

3 - Cultura e Tecnologia no Brasil recente

4 - Quando os agricultores são impulsionados pela internet na China

5 - A Amazônia entre a terra e as techs nas novas fronteiras digitais

6 - Economia política das tecnologias digitais no Ensino Superior

Parte 2

1 - O cuidado na era digital 

2 - Monitorando a Cidade Inteligente: câmeras de vigilância, monitoramento inteligentee racismo tecnológico 

3 - Tecnologias Digitais, Cultura e Pandemia: fronteiras e desigualdades 

4 - O estudo de caso das Vilas Taobao 

5. O ambiente entre as tecnologias digitais acionadas por governo e sociedade 

6 - Tecnologias digitais no ensino superior: desafios de uma sociedade desigual

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