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Protagonista nos governos Lula, juventude se une pela liberdade do ex-presidente

Reunião no Instituto Lula discutiu a situação dos jovens brasileiros que, na atual conjuntura, vêem os avanços que conquistaram no último período sob forte ameaça


Protagonista nos governos Lula, juventude se une pela liberdade do ex-presidente

Foto: Instituto Lula

Movimentos de juventude se reuniram na última terça-feira (7) no Instituto Lula para discutir a situação dos jovens brasileiros que, diante da atual conjuntura, vêem os avanços que conquistaram no último período sob forte ameaça. Sendo a prisão de Lula o símbolo maior do desmonte de políticas de valorização da juventude, o entendimento geral dos presentes no encontro é de que a luta pela libertação do ex-presidente é parte indissociável das demais demandas dos jovens brasileiros.

Os recentes ataques à Educação, promovidos pelo governo Bolsonaro, parecem ter “acendido uma faísca” na juventude, que já começou a se organizar em resistência e defesa das universidades e institutos federais, conforme avaliação de um dos presentes. Também foi pontuado que os cortes de verbas e de repasses às instituições de ensino, bem como as declarações absurdas de desprezo pelas ciências humanas e pelo pensamento crítico, vão na contramão do que os governos Lula promoveram.

Vale destacar que o orçamento para a pasta da Educação em 2003 era de R$ 18,1 bilhões. Em 2010, esse valor já alcançava os R$ 54,2 bi: um salto de quase três vezes em oito anos de governo Lula. Além disso, políticas de democratização do ensino foram colocadas em prática com a criação do Prouni e do Fies sem fiador. Também nesse período, foram criados 173 campi universitários e 18 universidades federais, multiplicando o número de alunos e professores universitários.

O potencial de mobilização do movimento estudantil foi destacado como histórico aliado das lutas democráticas no Brasil. Nesse sentido, a avaliação é de que cabe aos estudantes se apropriar da bandeira de luta pela liberdade de Lula, o presidente que mais fez pela educação brasileira.  

O encontro também debateu temas como o futuro da juventude trabalhadora, ameaçada pela reforma da Previdência, e as políticas de segurança pública defendidas por Bolsonaro e seu ministro, Sérgio Moro. A análise é de que, na prática, o “pacote anticrime” é uma chancela do Estado ao extermínio da juventude e ao encarceramento em massa. Assim, Lula seria também um símbolo dos arbítrios do Judiciário brasileiro, que faz vítimas todos os dias, sobretudo jovens, negros e de periferia.

O encontro resultou na criação do Coletivo Nacional de Juventude da Campanha Lula Livre. Tamires Sampaio, diretora do Instituto Lula, afirmou ser muito simbólico a criação do coletivo se dar naquele espaço, já que naquela mesma sala o presidente Lula recebeu diversas vezes lideranças de juventude, para discutir a conjuntura e as demandas dos jovens brasileiros.

O Congresso da UNE, um espaço importante de encontro de milhares de jovens de todo o Brasil, também foi destaque na reunião. Ações em defesa da liberdade do ex-presidente começaram a ser pensadas tanto para o CONUNE, quanto para o dia-a-dia da juventude brasileira, para além dos estudantes. 

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