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Fabricação digital é alternativa para autonomia do SUS

Webinário debate como manufatura 4.0 intra-hospitalar, via impressoras 3D, pode garantir autonomia fabril no Sistema Único de Saúde


Fabricação digital é alternativa para autonomia do SUS

Reprodução

Webinário debate como manufatura 4.0 intra-hospitalar, via impressoras 3D, pode garantir autonomia fabril no Sistema Único de Saúde

“Nada mais importante do que trabalharmos num cenário de crise sanitária e utilizarmos a fabricação digital como catalisadora para intervenção social na realidade concreta.” Assim explica a importância do seu estudo a pesquisadora Gisele Orlandi Introíni, do Laboratório de Inovação, Prototipagem, Educação Criativa e Inclusiva (Lipecin) da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA). Ela é a primeira das contempladas por um edital de 2021, do Instituto Lula, a apresentar ao público nesta segunda-feira (25), às 19h, os resultados de seus estudos sob o tema Influência da Tecnologia na Soberania Moderna. De acordo com o edital de “pesquisação”, que tinha proposta de produção de dados em pesquisa de intervenção social, Gisele recebeu bolsa de 6 mil reais para a pesquisa e produção de relatório. Ao todo serão 18 webinários apresentados até o mês de setembro (leia mais abaixo). 

Gisele aborda a capacidade da manufatura 4.0 intra-hospitalar em garantir a autonomia fabril no Sistema Único de Saúde, o SUS. O mediador desse encontro é o doutor em Economia, integrante do Grupo de Acompanhamento de Temas Estratégicos (Gate) e curador dos debates, Jorge Abrahão de Castro. Nos comentários, o professor André Peres, do Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS) e a professora Simone Schneider Amaral, também da UFCSPA.

A pesquisadora defende a revolução da fabricação digital e a capacidade das organizações de fazer “quase tudo”. “Isso se torna cada vez mais parte da nossa realidade, mas precisa sofrer capilaridade em todos os níveis de ensino – educação infantil, ensino fundamental, médio, superior –, para que saibamos a magnitude da revolução que vivenciamos”, afirma a premiada pelo Instituto Lula.

Segundo ela, a fabricação digital permitirá que os indivíduos projetem e produzam objetos de acordo com suas demandas. E lembra a elevada demanda por equipamentos de proteção individual (EPIs) diante da pandemia da covid-19.

“Nossa pesquisa ação incorpora conhecimento da manufatura 4.0 das ciências da Saúde e da engenharia de materiais começando com a identificação dos problemas decorrentes da crise sanitária e o planejamento de soluções, que envolvem estreita colaboração com o frontline assistencial”, explica. Além disso, a implementação, com a criação de artefatos médicos que reduzam os efeitos da pandemia, e sua supervisão, em constante diálogo com as equipes de enfermagem, medicina e engenharia do trabalho, para que os protótipos se tornem produtos em constante aperfeiçoamento. Sem esquecer a avaliação da eficácia desses materiais com potencial escalabilidade para o SUS.

Acompanhe o webinário que apresenta inclusive produtos já desenvolvidos


Os webinários

O tema Soberania e Segurança na Era Digital abre o ciclo de 18 webinários promovidos pelo Instituto Lula, referentes a dois editais publicados em 2021. O edital 3  tinha proposta de produção de dados em pesquisa de intervenção social e ofereceu bolsas de 6 mil reais aos premiados. O edital 4  previa a produção de artigos com bolsas de 3 mil reais. Além dos webinários, serão publicados três livros com uma coletânea desses artigos e pesquisas.

Após a manufatura 4.0 no SUS, na terça-feira (26), o assunto é o papel das empresas de tecnologia na cibersegurança internacional. Eduardo Izychi, doutorando na Universidade de Brasília (UnB) sobre o tema, abordará a questão do hacking e a (in)segurança cibernética.

O uso das tecnologias da informação e comunicação a serviço do Brasil será o assunto da sexta-feira (29), com exposição de Mateus Mendes.

E, em 1º de agosto, o tema da soberania digital se encerra com o webinário que vai tratar do papel das empresas de tecnologia na cibersegurança internacional. Alexandre Arns Gonzales falará sobre a integridade eleitoral: a política das plataformas de mídias digitais para as eleições de 2022 no Brasil.

Debates em setembro

No mês de agosto, nos dias 4, 9, 12, 17 e 19, o webinário trará para debate o tema Desigualdades: Identidades e Cuidados. Nos dias 22, 24, 26, 29, 31 de agosto e 2 de setembro, em pauta os Desafios da Ordem Global. Para encerrar o ciclo de debates, nos dias 5, 13 e 15 de setembro, o tema será Inclusão e Combate às Desigualdades. 

Com transmissão pelo youtube do Instituto Lula , os webinários têm início sempre às 19h.  

Contribuição à sociedade

Fruto do Ciclo de Estudos e Pesquisas do Instituto Lula que trata das novas e velhas desigualdades na era digital, os 18 webinários apresentam e debatem estudos aprovados na chamada pública realizada pelo IL no final de 2021. Todos, agora, estão na etapa final.

“Depois de alguns meses de trabalho e discussões internas, esse é um momento oportuno para os autores receberem comentários, críticas e sugestões de convidados externos sobre seus trabalhos”, afirma o professor Luís Vitagliano, coordenador do núcleo de articulação e integração do projeto Velhas e Novas Desigualdades da Era Digital , do Instituto Lula.

“São estudos e pesquisas diretamente relacionados aos propósitos de atuação do Instituto Lula. O objetivo é contribuir para o esclarecimento e a solução de problemas relacionados ao desenvolvimento e soberania nacional, a redução das desigualdades e ao avanço social, político, econômico e ambiental do Brasil na era digital”, destaca Jorge Abrahão.

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