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Seminário debate oportunidades sino-brasileiras

Encontro em Brasília reuniu autoridades e especialistas das relações sociais e econômicas da China, semanas antes da visita oficial do presidente Lula a Pequim.


Seminário debate oportunidades sino-brasileiras

Divulgação

Autoridades e especialistas das relações sociais e econômicas da China se reuniram em Brasília nesta quarta-feira (15/03) para debater a modernização chinesa e as oportunidades nas relações sino-brasileiras com os novos governos eleitos. O seminário “Modernização Chinesa e As Novas Oportunidades nas Relações Brasil-China”  foi organizado pelo Grupo de Mídia da China, pelo Grupo Bandeirantes de Comunicação  e Instituto Lula. O evento aconteceu semanas antes da visita oficial do presidente Lula a Pequim . 

O seminário contou com a participação do embaixador chinês no Brasil, Zhu Qingqiao, do presidente do Instituto Lula, Márcio Pochmann, do diretor do Grupo de Mídia da China na América Latina, Zhu Boying, do diretor de conteúdo de jornalismo da BAND,  Andre Basbaum, do presidente da Apex Brasil, Jorge Viana, do professor e coordenador do Núcleo de Estudos Brasil-China da FGV Rio, Evandro Menezes de Carvalho, e do secretário da Secretaria-Executiva do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência, Paulo Pereira.

A visita do presidente Lula à China no fim deste mês traz expectativas para os dois lados. De acordo com o embaixador chinês, Zhu Qingqiao, a China promoverá a abertura ao exterior de alto nível. “Por um lado, vai se desenvolver com mercado e recursos globais e, por outro, estimular o desenvolvimento comum do mundo inteiro. No processo histórico da modernização ao estilo chinês, estamos dispostos a fortalecer a cooperação e avançar juntos com o Brasil”, disse. 

Além disso, Zhu Qingqiao destacou a modernização chinesa nos últimos anos. 

“A modernização ao estilo chinês é dotada não apenas de atributos comuns da modernização de outros países, como também de características chinesas baseadas na própria realidade. É uma modernização que serve a uma grande população, que procura a prosperidade comum de todo o povo, que busca um desenvolvimento equilibrado entre a civilização material e a intelectual, que viabiliza a convivência harmoniosa entre o ser humano e a natureza, e que segue o caminho do desenvolvimento pacífico”, disse o embaixador. 

O chefe da diplomacia chinesa no Brasil ressaltou a importância de considerar não apenas um único modelo de modernização no mundo nem um padrão universalmente aplicável. Para ele, o estilo chinês adere a uma concepção de desenvolvimento centrado no povo. 

“A China promoverá inabalavelmente o desenvolvimento de alta qualidade, vai acelerar a estruturação de um novo paradigma de desenvolvimento, implementará de forma profunda a estratégia de revigoramento do país mediante à ciência e à educação, ao fortalecimento do país mediante à formação de talentos, e ao desenvolvimento impulsionado pela inovação. Com isso, vamos alcançar uma melhora qualitativa efetiva e um aumento quantitativo razoável da economia”, destacou.

O presidente do Instituto Lula, Marcio Pochmann, destacou a oportunidade de reflexão coletiva sobre uma virada de época histórica que favorece o sul global. "Há um desafio para compreender o novo mundo que se desloca do ocidente para o oriente", disse.

 Presidente do Instituto Lula participou do seminário. Crédito: Divulgação

Um dos pontos abordados no evento foi a cooperação cultural entre os povos por meio da mídia.

 “As mídias chinesas e brasileiras devem trazer ainda mais notícias políticas, econômicas e culturais de ambos os países, a fim de construir pontes de amizade entre os dois povos e contribuir para o desenvolvimento das relações sino-brasileiras”, disse o Diretor do Grupo de Mídia da China na América Latina, Zhu Boying. 

O presidente do Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, ApexBrasil, Jorge Viana, ressaltou a importância da organização do evento que discute as relações Brasil-China semanas antes da viagem do presidente Lula à China. Durante a sua apresentação, Jorge Vianna apontou que o Brasil é o sétimo maior fornecedor da China, com destaque para as exportações de commodities. 

O coordenador do Núcleo de Estudos Brasil-China da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Evandro Menezes de Carvalho, e o Secretário da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência, Paulo Pereira, destacaram o processo de modernização da China nos moldes chineses e ensinamentos desse processo ao Brasil. 

O professor Evandro ainda falou sobre a necessidade de o Brasil desenvolver um projeto estratégico para o relacionamento com a nação asiática. Ele citou a iniciativa Cinturão e Rota (BRI, da sigla em inglês), a Nova Rota da Seda, por exemplo.

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